Uso de níveis de ureia em silagens de sorgo submetidas à exposição aeróbica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.7213/acad.2024.22003

Resumo

Objetivou-se avaliar os efeitos de níveis de ureia e exposição aeróbica sobre a composição químico-bromatológica e estabilidade aeróbia em silagens de sorgo. A cultivar do sorgo utilizada foi Santa Elisa. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casuali-zado, em esquema fatorial 5 x 2, composto por cinco níveis de ureia - 0; 0,5; 1,5; 2,5; e 3,5% com base na matéria seca (MS) - e dois tempos de exposição aeróbia (0 e 72h). Foram quatro repetições por tratamen-tos, totalizando 20 silos experimentais. Para os dados referentes às perdas de gases, perdas de MS e recuperação de MS, utilizou-se apenas o tempo de 0h. Após 100 dias, os silos foram abertos e realizadas a avaliação sensorial, análises químico-bromatológica e avaliação da estabilidade aeróbia. Os dados da estabilidade aeróbia foram submetidos à análise descritiva e as médias da composição química–bromatológica foram analisadas por meio do programa computacional SAS. As médias foram submetidas à análise de variância através do PROC GLM, onde foram testados os contrastes linear e quadrático, considerando a proba-bilidade de 5% (p < 0,05) como nível de significância estatística. A adição de ureia promoveu efeito (p < 0,05) para MS e matéria mineral em relação ao tempo de 72h de exposição anaeróbia. A proteína bruta (PB) apresentou efeito crescente (p < 0,05) no tempo de 0h e aumento nos teores, chegando a 7,5%. Para extrato etéreo, compostos nitrogenados insolúveis no detergente ácido e proteína insolúvel no detergente ácido, a adição de ureia promoveu efeito em ambos os tempos. A estabilidade aeróbia permaneceu estável até 108h de exposição aeróbia. Como conclusão, a adição de ureia promoveu modificações na composição químico-bromatológica do material, aumentou os teores de PB e afetou as frações fibrosas, não inibindo o crescimento de microrganismos indesejáveis em silagens expostas por 72h. Os teores de MS e de nitrogênio amoniacal nas silagens expostas por 72 h ficaram fora do valor desejado para uma silagem de boa qualidade, sendo inviável ao consumo pelo animal. Em relação à estabilidade, as silagens permaneceram até 84 horas após a abertura dos silos, tendo que ser descartadas após esse tempo. Diante dos resultados obtidos, não recomenda-se o uso da ureia em silagens de sorgo que precisem ficar expostas por um médio e longo período de tempo.

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Biografia do Autor

Ronaldo Francisco de Lima, Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)

Docente do Instituto de Biodiversidade e Florestas (IBEF)

Andrea Krystina Vinente Guimarães, Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)

Docente adjunta do Instituto de Biodiversidade e Florestas (IBEF)

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Publicado

18-07-2024

Como Citar

1.
Marinho JVN, Dib K da S, Cunha RN da, Lima RF de, Souza RM de, Guimarães AKV. Uso de níveis de ureia em silagens de sorgo submetidas à exposição aeróbica. Rev. Acad. Ciênc. Anim. [Internet]. 18º de julho de 2024 [citado 21º de dezembro de 2024];22. Disponível em: https://periodicos.pucpr.br/cienciaanimal/article/view/31498

Edição

Seção

Artigo