Distribuição temporal e espacial dos casos de raiva animal no estado do Rio Grande do Norte

Autores

  • Ilana Laryssa de Andrade Souza Centro Universitário Maurício de Nassau (Uninassau)
  • Rillyan Andrielle Oliveira Silva Centro Universitário Maurício de Nassau (Uninassau)
  • Ubiratan Pereira de Melo Centro Universitário Maurício de Nassau (Uninassau) https://orcid.org/0000-0002-1253-2720
  • Leonardo Fiusa de Morais Centro Universitário Maurício de Nassau (Uninassau) https://orcid.org/0000-0002-3368-4213
  • Cintia Ferreira Centro Universitário Maurício de Nassau (Uninassau) https://orcid.org/0000-0003-2473-1580
  • Fabíola de Souza Medeiros Prefeitura de Natal
  • Cintia de Sousa Higashi Núcleo de Endemias e Zoonoses da Subcorrdenadoria de Vigilância em Sa´úde (SESAP/RN)
  • Ana Paula Bartelli Núcleo de Endemias e Zoonoses da Subcorrdenadoria de Vigilância em Sa´úde (SESAP/RN)

DOI:

https://doi.org/10.7213/acad.2024.22004

Resumo

A raiva é uma das zoonoses mais antigas e letais que afeta a maioria dos mamíferos. Causada por um vírus de RNA neurotrópico pertencente à ordem Mononegavirales, família Rhabdoviridae e gênero Lyssavirus, denominado como Rabies virus (RABV), tem grande impacto na saúde pública. No Brasil é considerada uma doença endêmica, com distribuição bastante he-terogênea entre as regiões. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a distribuição temporal e espacial dos casos de raiva em animais domésticos e silvestres no estado do Rio Grande do Norte. Para a análise da distribuição da raiva animal nos municípios do estado, foram utilizados dados obtidos do banco de dados da Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte, gerados pelo gerenciador de ambiente laboratorial do Laboratório Central Dr. Almino Fernandes durante o período de setembro de 2013 a setembro de 2023. Os dados incluíam os resultados de exames realizados através das técnicas de imunofluorescência direta e inoculação intracerebral em camundongos. Em relação à distribuição dos registros de casos entre as diferentes espécies, os morcegos apresentaram a maior frequência de registros positivos e proporção com relação ao total de animais positivos no período do estudo (76,1% - equivalente a 389 de 511 casos), seguidos dos ruminantes (10,4% - 53/511), carnívoros silvestres (8,2% - 52/ 511), carnívoros domésticos (2,5% - 13/511), equídeos (2,3% - 12/511) e suínos (0,4% - 2/511). Os casos positivos se distribuíram em 86 dos 167 municípios que compõe o estado do Rio Grande do Norte, e os que apresentaram maiores índices de casos positivos foram Natal, Caicó e Santo Antônio, com frequências de 19,8%, 10%, e 8,8% dos casos, respectivamente. Os resultados obtidos alertam sobre a possibilidade de reintrodução da raiva em ambientes urbanos provenientes de reservatórios do ciclo silvestre, principalmente dos morcegos.

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Publicado

23-07-2024

Como Citar

1.
Souza IL de A, Silva RAO, de Melo UP, de Morais LF, Ferreira C, Medeiros F de S, et al. Distribuição temporal e espacial dos casos de raiva animal no estado do Rio Grande do Norte. Rev. Acad. Ciênc. Anim. [Internet]. 23º de julho de 2024 [citado 21º de dezembro de 2024];22. Disponível em: https://periodicos.pucpr.br/cienciaanimal/article/view/31074

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