Aspectos clínicos e anatomopatológicos de lesões ósseas secundárias a Pythium Insidiosum em equino
DOI:
https://doi.org/10.7213/2596-2868.2020.18502Palavras-chave:
Pitiose. Osteomielite. Cavalo.Resumo
O objetivo deste estudo foi descrever e discutir os sinais clínicos, lesões macro e microscópicas, epidemiologia e métodos de diagnóstico de um caso de pitiose cutânea equina, com envolvimento ósseo e desfecho fatal. Um equino macho Mangalarga Marchador, 6 anos de idade, proveniente da região Norte Fluminense, apresentou ferida ulcerativa granulomatosa de aproximadamente 18 cm de diâmetro, localizada no terço médio do terceiro metacarpiano esquerdo (ME). Claudicação, edema, prurido, sinais de automutilação, exsudação serossanguinolenta e presença de material caseificado de cor branco-amarelada foram observados. Histopatologicamente foram verificadas reações granulomatosas eosinofílicas e neutrofílicas com abundante tecido fibrovascular, associadas à presença de hifas intralesionares. O exame radiográfico revelou extensa e desorganizada proliferação óssea, osteólise do 2º, 3º e 4 º ossos metacarpianos esquerdos e mineralização dos tecidos moles. A biópsia óssea revelou o envolvimento de Pythium insidiosum e o animal foi submetido à eutanásia após insucesso no tratamento. Feridas cutâneas de Pythium insidiosum localizadas nos membros de equinos podem desencadear lesões ósseas. O envolvimento do tecido ósseo favorece a permanência do agente no organismo e constitui um critério para estabelecer prognóstico desfavorável.