Endometrite subclínica associada à Klebsiella sp. em doadora de embrião da raça Quarto de Milha
DOI:
https://doi.org/10.7213/2596-2868.2020.18503Palavras-chave:
Endometrite bacteriana. Infertilidade em éguas. Transferência de embrião.Resumo
O presente relato tem por objetivo reportar o caso de endometrite bacteriana em uma doadora de embrião da raça Quarto de Milha com 12 anos de idade, sem sinal clínico evidente, mas com histórico de falhas reprodutivas há 2 anos. Após tentativas de inseminação artificial com sêmen refrigerado e ausência de gestação, a égua foi submetida a exame ginecológico, seguido de citologia uterina, cultura bacteriana e antibiograma, indicando um quadro de endometrite por Klebsiella sp. sensível à enrofloxacina e ceftiofur. Diante do diagnóstico, iniciou-se tratamento para endometrite bacteriana, o qual se mostrou eficiente, sendo possível a recuperação de um embrião viável que foi transferido com êxito para uma receptora, resultando em prenhez. O presente caso reporta o sucesso no diagnóstico e tratamento de uma égua com infertilidade ocasionada por endometrite subclínica. Destaca-se que, para eficiência terapêutica nas endometrites bacterianas, é fundamental conhecer o patógeno e a sensibilidade aos principais antibióticos. Alguns sinais como acúmulo de líquido intrauterino, presença de edema e secreções vaginais frequentemente acompanham os casos de endometrite, no entanto, a ausência destes sinais não descarta a ocorrência da enfermidade, sendo necessária maior investigação diagnóstica frente ao histórico de infertilidade.