Tripanossomose bovina no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.7213/1981-4178.2019.17104Palavras-chave:
Hemoparasitoses.Vetores. Trypanosoma vivax. Ruminantes.Resumo
O Trypanosoma vivax é um protozoário originário da África e principal agente etiológico envolvido na tripanossomose bovina. A doença é de grande importância devido ao grave impacto econômico, desconhecimento dos pecuaristas quanto a formas de controle e transmissão, bem como pela ineficácia dos tratamentos. Objetiva-se realizar uma revisão de literatura com a finalidade de esclarecer médicos veterinários, acadêmicos e proprietários rurais quanto a algumas características da doença. O agente etiológico é transmitido mecanicamente através de moscas hematófagas do gênero Stomoxys spp., Tabanus spp., entre outros, ou através de fômites como agulhas contaminadas. Mecanismos como a variação antigênica de glicoproteínas de superfície contribuem para a permanência do parasita na corrente sanguínea. Os sinais clínicos da enfermidade são anemia, emaciação, diarreia, abortos e sinais neurológicos. O tratamento se baseia na aplicação de drogas como aceturato de diminazene e cloridrato de isometamidium, porém relatos de resistência aos dois medicamentos foram evidenciados. O controle envolve medidas de monitoramento epidemiológico, controle do vetor, uso de raças bovinas resistentes aos tripanossomas (tripanotolerantes), tratamento dos animais acometidos e redução de sua movimentação. A criação de vacinas tem sido ineficaz devido ao baixo nível de proteção e variações antigênicas do parasita.