Como os equinos percebem seus predadores? Uma visão evolucionista e prática
DOI:
https://doi.org/10.7213/1981-4178.2018.162101Palavras-chave:
Bem-estar animal. Comportamento inato. Emoções negativas. Medo. Teste de novo objeto.Resumo
São diversas as circunstâncias em que os cavalos são acometidos por emoções negativas como medo ou ansiedade, podendo resultar em reações defensivas explosivas, que possivelmente podem derivar em acidentes. Estas respostas de defesa fazem parte de um conjunto de comportamentos classificados como inatos, os quais foram desenvolvidos e aprimorados ao longo do processo evolutivo do Equus caballus na tentativa de sobreviver às investidas de caça dos predadores, contribuindo para a preservação da espécie. Apesar de o cavalo doméstico, que convive habitualmente com o ser humano, já não ter contato regular com predadores naturais, os mecanismos defensivos e as emoções negativas que envolvem tal situação ainda permanecem ativos, produzindo respostas comportamentais específicas. Torna-se relevante, portanto, o estudo aprofundado sobre quais elementos desencadeiam tais reações defensivas nos cavalos a fim de que as causas desses comportamentos sejam evitadas, reduzindo, assim, o número de acidentes. Por isso, o objetivo dessa revisão foi investigar como os equinos percebem seus predadores, as possíveis hipóteses evolutivas, bem como suas implicações práticas. Este tema, quando melhor esclarecido, poderá contribuir para o aperfeiçoamento de instalações e manejos relacionados aos equinos, com a intenção de reduzir ou ainda evitar tais reações de medo, que implicam no empobrecimento do bem-estar animal.