Cicatrização de ferida profunda em equino com uso de dreno ativo, laser de baixa potência e ultrassom terapêutico
DOI:
https://doi.org/10.7213/1981-4178.2018.162505Palavras-chave:
Cavalo. Colágeno. Fotobiomodulação. Fisioterapia. Reabilitação.Resumo
As lesões cutâneas em equinos possuem grande destaque na área científica por apresentarem cicatrização lenta, com formação de tecido de granulação exuberante. Várias linhas de pesquisa buscam a aplicação de novas técnicas para melhorar o processo de reparação tecidual e a qualidade final do tecido cicatricial, como o uso do laser de baixa potência (LBP) e o ultrassom terapêutico (UST). Estes estimulam a produção de fibroblastos e de colágeno, o que resulta em aumento da força de tensão da ferida e redução do tempo de cicatrização. Assim, devido à importância clínica das lesões cutâneas nessa espécie, o presente trabalho teve como objetivo relatar um caso de laceração cutânea em equino apresentando lesão cutânea exsudativa, tratado com drenagem ativa, LBP e UST. Optou-se pela cicatrização por segunda intenção, com uso de dreno ativo e curativos diários. Fez-se a aplicação de LBP (20 Joules/cm2 em duas aplicações e 10 Joules/cm2 nas demais sessões) nas bordas da ferida de forma pontual, em pontos equidistantes de 1 cm, e em varredura sobre o leito da ferida. O UST foi aplicado pelo método direto, na presença de gel sobre a pele tricotomizada, nas linhas de tensão da ferida e nas áreas de formação de fibrose e aderência, com frequência de 3 MHz, intensidade de pulso de 100 Hz a 10%, intensidade de 0,5 W/cm² no modo pulsado, por 12 minutos. Após 90 dias do início do tratamento, a ferida apresentava
7,6 cm², demonstrando redução de 81% da ferida inicial, com nivelamento plano, boa retração de bordas, formação adequada de tecido epitelial e redução do tecido de granulação. A combinação das duas técnicas foi satisfatória, diminuindo consideravelmente o tempo de cicatrização e apresentando interessante resultado estético e cicatricial.