Eficácia de anti-helmínticos em equinos da raça Crioula no município de Major Vieira/SC
DOI:
https://doi.org/10.7213/academica.15.2017.08Palavras-chave:
Estrongilídeos. Resistência parasitária. Parasitismo.Resumo
O parasitismo gastrintestinal, responsável por grandes prejuízos econômicos na criação de equinos, é rotineiramente tratado com o uso de anti-helmínticos. Devido aos tratamentos frequentes e nem sempre adequados, a resistência dos parasitos a estes produtos vem sendo observada. Tendo em vista a carência de informações relacionadas aos tratamentos anti-helmínticos em rebanhos de equinos no estado de Santa Catarina, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a eficácia de anti-helmínticos no controle de parasitos gastrintestinais de equinos da raça Crioula e verificar alterações hematológicas ocasionadas por estes parasitos. Para isso, foram selecionados 18 animais, divididos em três grupos de seis, com média de ovos por grama de fezes (OPG) similar, que foram tratados oralmente com: Grupo 1 – ivermectina 0,2 mg/kg, Grupo 2 – moxidectina 0,4 mg/kg e Grupo 3 – abamectina 0,2 mg/kg. Amostras fecais foram coletadas e analisadas pelo método de Gordon e Whitlock modificado seguido de coproculturas e a eficácia foi calculada no programa Reso FECRT. Amostras de sangue foram analisadas com o objetivo de detectar alterações devido à carga parasitária; assim, os parâmetros hematológicos foram correlacionados com o OPG (correlação de Pearson). Após de sete dias de tratamento foi obtido 99% de eficácia para a ivermectina e 89% para moxidectina e para a abamectina. Depois de 14 e 21 dias do tratamento, todos os produtos apresentaram 100% de eficácia. As coproculturas evidenciaram que o parasitismo era quase totalmente por nematódeos da subfamília Cyathostominae e, embora os equinos estivessem parasitados, os parâmetros hematológicos estavam normais para a espécie. Conclui-se que os parasitos envolvidos apresentaram alta sensibilidade aos princípios ativos testados.