Colostro bovino: muito além das imunoglobulinas
DOI:
https://doi.org/10.7213/academica.15.S02.2017.A10Resumo
O objetivo desta revisão é trazer informações atualizadas sobre o papel dos fatores imunes do colostro, além das imunoglobulinas (Igs), na proteção direta ou indireta dos bezerros. Os recém-nascidos são hipogamaglobulinêmicos e imunossuprimidos, além de possuírem sistema imune adaptativo näive. Desta forma, é consensual que a colostragem é prioridade no sistema de criação de bezerras, entretanto as novas descobertas sobre a atuação dos leucócitos maternos e seus subprodutos (citocinas), amplificando os mecanismos da resposta imunes inata e adaptativa, tem gerado muitas discussões no meio científico internacional. Além disso, as recentes descobertas sobre o microbioma humano têm sugerido que o processo de amamentação é fundamental para a transferência vertical de Lactobacillus e Bifidobacterium, microrganismos que desempenham um importante papel no desenvolvimento da imunidade de mucosas e saúde intestinal. Em geral, estas descobertas possuem aplicabilidade e trazem reflexões sobre o manejo tradicionalmente empregado na criação de bezerras, considerando-se o contato entre a vaca e recém-nascido, colostragem, sistema de aleitamento, higienização e desinfecção ambiental.