Entre sinodalidade, colegialidade e primado: recortes históricos para um governo pastoral efetivo da Igreja

Autores

DOI:

https://doi.org/10.7213/cd.a11n18p43-61

Palavras-chave:

Sinodalidade, Colegialidade, Primado, História

Resumo

O artigo pretende fazer um breve levantamento histórico acerca da sinodalidade para verificar, no decorrer da história, as tensões que surgiram com a colegialidade e o primado papal, no intuito também de pensar como a relação entre essas instâncias, importantes a nível teológico, pode se articular melhor para um governo efetivo da Igreja. Para isso, volta-se inclusive ao berço eclesial, o período apostólico, para se defender a ideia de que a Igreja nasce sinodal, ou seja, com a participação efetiva da comunidade nas decisões, e a colegialidade apareceu depois como um desdobramento desta. Passa-se pelos períodos da história, naturalmente que fazendo recortes, para corroborar estas análises, destacando os períodos de maior tensão entre as três instituições.

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Biografia do Autor

Tiago Cosmo da Silva Dias, PUC-SP

Doutorando em Teologia na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com bolsa de fomento pela CAPES/PROSUC. Mestre em Teologia (2022) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Participa do Grupo de Pesquisa ‘Religião e Política no Brasil Contemporâneo’ (PUC-SP/CNPq). Pós-graduado em Cultura e Meios de Comunicação (2020), também pela PUC-SP; e em Religião e Cultura (2018), pelo Centro Universitário Assunção (Unifai). É graduado em Teologia (2018) e Filosofia (2014) pela Faculdade Paulo VI; e em Jornalismo (2009), pela Universidade Nove de Julho (Uninove). Professor na Faculdade Dehoniana, em Taubaté; na Faculdade de Filosofia e Teologia Paulo VI, em Mogi das Cruzes; e no Instituto de Teologia São Miguel, em São Paulo. ID Lattes: 9152830452013892. 

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Publicado

30-06-2023

Como Citar

Dias, T. C. da S. (2023). Entre sinodalidade, colegialidade e primado: recortes históricos para um governo pastoral efetivo da Igreja. Caminhos De Diálogo, 11(18), 43–61. https://doi.org/10.7213/cd.a11n18p43-61