Os batistas brasileiros e o ecumenismo: avanços e retrocessos
DOI:
https://doi.org/10.7213/cd.a9n14p110-127Parole chiave:
Ecumenismo. Batistas brasileiros. Eclesiologia de comunhão. Reino de Deus.Abstract
Numa sociedade religiosamente plural é inevitável buscar caminhos de diálogo entre as comunidades de fé, buscando construir um mundo mais justo e fraterno, pautado pelos valores do Reino de Deus. O artigo busca refletir sobre os fatores que contribuíram para que os batistas ligados à Convenção Batista Brasileira se tornassem tão refratários ao ecumenismo e como superar isso, em favor do Reino de Deus. Assumiu-se a tese de Hans Küng como novo paradigma para a teologia, a fim de que o Reino de Deus seja expandido e a vontade de Deus seja manifesta entre os seres humanos. Uma eclesiologia ecumênica, que alcance as comunidades de fé e que coloque seguidores e seguidoras de Jesus Cristo lado a lado. Buscou-se as raízes históricas dos batistas para identificar o envolvimento com o movimento ecumênico e as razões porque a maioria das igrejas filiadas à Convenção Batista Brasileira têm se mantido resistentes ao ecumenismo ao longo dos últimos 150 anos, sabendo-se que há batistas abertos ao diálogo ecumênico. A fundamentação teórico-teológica para o movimento ecumênico utiliza textos de Küng e documentos do Concílio Vaticano II. São indicadas possíveis portas de saída para que os batistas filiados à Convenção Batista Brasileira avancem na caminhada com os demais cristãos que também trabalham em favor do Reino de Deus e servem ao mesmo Senhor.
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