A casa comum: o bem de toda humanidade
DOI:
https://doi.org/10.7213/cd.a11n19p170-183Palavras-chave:
Ecumenismo, Ecologia, Anglicanismo, Catolicismo romano, CriaçãoResumo
O presente artigo tem como proposta provocar uma reflexão sobre a casa comum, a oikos, e como a temática tem sido contemplada pelas diferentes tradições cristãs ao longo da história. Nunca se fez tão urgente um olhar retrospectivo e a busca por uma espiritualidade que seja ecumênica e ecológica. Para tanto, faz-se necessária uma nova chave hermenêutica diante da teologia da criação, tendo a pessoa humana não como dominadora ou destinada a consumir e usufruir dos bens naturais, como se fossem infinitos, como propõe o espírito capitalista. Mas, sim, encontrar no humano um cuidador de toda a espécie viva com a responsabilidade de deixar a casa comum como legado às gerações futuras. As referências usadas apresentarão o pano de fundo que traz a questão ecológica para o centro da discussão teológica, levando-nos à compreensão de que a casa comum foi usurpada como casa particular. Seus limites, quando explorados com toda a intensidade, geram o lucro de poucos e o extermínio de muitos, principalmente dos mais frágeis, desafiando o pensamento teológico, principalmente na América Latina e no Caribe a ser uma voz profética, numa perspectiva ecumênica e inter-religiosa que proclame que a casa comum é um bem para toda família humana.
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