A aquisição de uma empresa brasileira como estratégia de internacionalização de uma multinacional fabricante de material elétrico: o processo e principais resultados
DOI:
https://doi.org/10.7213/rebrae.06.002.AO02Palabras clave:
Internacionalização, Aquisição de empresas, Vantagem competitiva sustentável, Aprendizagem organizacional.Resumen
Para ser capaz de acompanhar um mundo em que os negócios estão submetidos a mudanças contínuas e ao acirramento da concorrência, a busca por alternativas para superar o crescimento dos competidores é algo essencial. Nesse sentido, as empresas multinacionais vêm se utilizando da estratégia de internacio- nalização de suas operações, principalmente por meio da aquisição de outras empresas, como uma alter- nativa recorrente. Assim sendo, este trabalho tem como objetivo analisar o processo de aquisição de uma empresa da Serra Gaúcha por uma multinacional europeia, fabricante de material elétrico, tendo como foco as motivações para tal aquisição, suas etapas, os processos relativos à aprendizagem e as dificuldades ocorridas na adaptação entre as organizações adquirente e adquirida. A estratégia de pesquisa adotada foi o estudo de caso único, implementado a partir de entrevistas individuais em profundidade, com uma abordagem semiestruturada, mediante a aplicação de um roteiro básico de questões, e que foram sub- metidas a uma análise de conteúdo. Como principais resultados, identificou-se um processo de transição tranquilo, bem conduzido por parte da multinacional, não criando traumas, retendo e utilizando os talen- tos da empresa adquirida, reforçando a internacionalização de suas operações e, consequentemente, sua expansão no mercado mundial.
Descargas
Citas
AHMAD, S. Z. The internationalisation of Malaysian-based multinational banks: journeys towards globalisation. Asia- Pacific Journal of Business Administration, v. 4, n. 1, p. 58-81, 2012.
AHMAD, S. Z.; KITCHEN, P. J. Transnational corporations from Asian developing countries: the internationalization characteristics and business strategies of Sime Darby Berhad. International Journal of Business Science & Applied Management, v. 3, n. 2, p. 21-36, 2008.
ALEM, A. C.; CAVALCANTI, C. E. O BNDES e o apoio à internacionalização das empresas brasileiras: algumas reflexões. Revista do BNDES, v. 12, n. 24, p. 43-76, dez. 2005.
AMELY, P.; KAYES, C. Triple-loop learning in a cross-sec- tor partnership: the DC central kitchen partnership. The Learning Organization, v. 18, n. 3, p. 175-188, 2011.
ARGYRIS, C.; SCHÖN, A. D. Organizational Learning II: theory, method, and practice. Boston: Addison-Wesley, 1996.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. 3. ed. Lisboa: Edições 70, 2004.
BARKEMA, H. G.; BAU, J. A. C.; MANNIX, E. A. Management challenges in a new time. Academy of Management Journal, v. 45, n. 5, p. 916-930, 2002.
BARNEY, J. Firm resources and sustained competitive advantage. Journal of Management, v. 17, n. 1, p. 99-120, 1991.
BATESON, G. Steps to an ecology of mind. London: Palladin, 1973.
BHARADWAJ, S. G.; VARADARAJAN, PR.; FAHY, J. Sustainable competitive advantage in service industries: a conceptual model and research propositions. Journal of Marketing, v. 57, n. 4, p. 83-99, Oct. 1993.
BORGERTH, V. M. C. SOX: entendendo a Lei Sarbanes-Oxley – um caminho para a informação transparente. São Paulo: Thomson Learning, 2007.
BUCKLEY, P.; CASSON, M. The future of multinational en- terprise. London: Macmillan, 1976.
COASE, R. The nature of the firm. Economica, v. 4, n. 16, p. 386-405, Nov. 1937.
CRAVENS, D. W. Strategic marketing. 5. ed. Boston: Irwin/ McGraw-Hill, 1997.
CROSSAN, M. M.; LANE, H. W.; WHITE, R. E. An organizational learning framework: from intuition to institution. Academy of Management Review, v. 24, p. 522-537, 1999.
DAY, G. S.; REIBSTEIN, D. A dinâmica da estratégia com- petitiva. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
DESS, G. G.; PICKEN, J. C. Creating competitive (dis)advan- tage: learning from food lion’s freefall. The Academy of Management Executive, v. 13, n. 3, p. 97-111, Aug. 1999.
DICKSON, P. R. The static and dynamic mechanics of com- petition: a comment on Hunt and Morgan’s comparative advantage theory. Journal of Marketing, v. 60, p. 102-6, 1996.
DIXON, N. M. The Organizational learning cycle. London: Gower Publishing, 1999.
DUPAS, G. O Brasil, suas empresas e os desafios da compe- tição global. In: BARROS, B. T. (Org.). Fusões, aquisições e parcerias. São Paulo: Atlas, 2001. p. 21-52.
FOSTER, R. N. Innovation: the attacker’s advantage. New York: Summit Books, 1986.
FRIEDMAN, V. J.; LIPSHTZ, R.; OVERMEER, W. Creating conditions for organizational learning. In: DIERKES, M. et al. (Org.). Handbook of organizational learning and knowledge. New York: Oxford University Press, 2001. p. 61-88.
GAVIN, D. A. C. Learning in action: a guide to putting the learning organization to work. Boston: Harvard Business School Press, 2000.
HARVEY, C.; DENTON, J. To come of age: the antecedents of organizational learning. Journal of Management Studies, v. 36, n. 7, p. 897-918, 1999.
HEDBERG, B. How organizations learn and unlearn. In: NYSTROM, P.C.; STARBUCK, W. H. (Org.). Handbook of
organizational design: adapting organizations to their environments. Oxford: Oxford University Press, 1981. p. 8-27.
HITT, M. A.; IRELAND, R. D.; HOSKISSON, R. E. Administração estratégica. São Paulo: Pioneira Thompson Learning, 2002.
HODDER, I. The interpretation of documents and ma- terial culture. In: DENZIN, N. K.; LINCOLN, Y. S. (Org.). Handbook of qualitative research. 2. ed. Thousand Oaks: Sage, 2000. p. 703-716.
HOFFMAN, N. P. An examination of the “sustainable com- petitive advantage” concept: past, present, and future. Academy of Marketing Science Review, v. 2000, n. 4, 2000. Disponível em: <http://www.amsreview.org/arti- cles/hoffman04-2000.pdf>. Acesso em: 23 jun. 2012.
HOLMQVIST, M. A dynamic model of intra and interorga- nizational. Learning Organization Studies, v. 24, n. 1, p. 95-123, Jan. 2003.
HOSLEY, S. M. et al. The quest for the competitive learning or- ganization. Management Decision, v. 32, n. 6, p. 5-15, 1994.
JAIN, S. C. Marketing planning and strategy. 6. ed. Cincinnati: South-Western College, 2000.
JOHANSON, J.; VAHLNE, J. E. The mechanism of interna- tionalization. International Marketing Review, v. 7, n. 4, p. 11-24, 1990.
JOHANSON, J.; VAHLNE, J. E. The internationalization pro- cess of the firm: a model of knowledge development and increasing foreign market commitments. Journal of inter- national Business Studies, v. 8, n. 1, p. 23-32, 1977.
KATZENBACH, J. R. The wisdom of teams. Boston: Harvard Business School Press, 1993.
KING, D. R. et al. Meta-analyses of post-acquisition perfor- mance: indications of unidentified moderators. Strategic Management Journal, v. 25, n. 2, p. 187-200, 2004.
KOLB, D. Experimental learning. Englewood Cliffs: Prentice Hall, 1984.
LAVE, J.; WENGER, E. Situated learning legitimate peri- pherical participation. Cambridge: Cambridge University Press, 1991.
LEERSNYDER, J. M. Marketing international. Paris: Dalloz, 1982.
LIPSHITZ, R.; FRIEDMAN, V. J.; POPER, M. Demystifying organizational learning. Newbury Park: Sage Publications, 2007.
MACADAR, B. M. Pode o marketing de relacionamento ge- rar vantagem competitiva? In: SLONGO, L. A.; LIBERALI, G. (Org.). Marketing de relacionamento: estudos, cases e proposições de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2004. p. 129-139.
MARCH, J. G. Decision making perspective. In: VAN DE VEN, A. H.; JOCYE, W. F. (Org.). Perspectives on organization design and behavior. New York: Wiley, 1981. p. 205-244.
MARKS, M. L.; MIRVIS, P. H. Joining Forces: making one plus one equal three in merger, acquisitions, and alliances. San Francisco: Jossey-Bass, 1998.
MAYER, G. W.; PRANGE, C.; ROSENTAEIL, L. V. Psychological perspectives of organizational learning. In: DIERKES, M. et al. (Org.). Handbook of organizational learning and knowledge. New York: Oxford University Press, 2001.
MINTZBERG, H. The strategy concept I: five Ps for strategy. California Management Review, v. 30, p. 11-23, Sept./ Oct./Nov. 1987.
NAPIER, N. K. Mergers and acquisitions, human resource issues and outcomes: a review and suggested typology. Journal of management studies, v. 26, n. 3, p. 271-289, 1989.
PORTER, M. E. Competitive advantage: creating and sustaining competitive performance. New York: Free Press, 1985.
PORTER, M. E. Competition in global industries. Boston: Harvard Business Press, 1986.
PORTER, M. E. What is strategy? Harvard Business Review, v. 74, n. 6, p.61-78, Nov./Dec. 1996.
RIBEIRO, J. L. D.; MILAN, G. S. Planejando e conduzindo entrevistas individuais. In: RIBEIRO, J. L. D.; MILAN, G. S. (Org.). Entrevistas individuais: teoria e aplicações. Porto Alegre: FEEng/UFRGS, 2004. p. 9-22.
ROMME, A. G. L.; WITTELOOSTUIJN, V. A. Circular organizing and triple loop learning. Journal of Organizational Change Management, v. 12, n. 5, p. 439-54, 1999.
RUGMAN, A. Inside the multinationals. New York: Columbia University Press, 1981.
SENGE, P. †he fifth discipline. New York: Doubleday, 1991.
STARBUCK, W. H.; GREVE, A.; HEDBERG, B. Responding to crisis. In: SMART, C. F.; STANBURY, W. T. (Org.). Studies on crisis management. Toronto: Butterworth, 1978.
STONER, J. A. F.; FREEMAN, R. E. Administração. Rio de Janeiro: Prentice Hall, 1995.
SUN, P. Y. T.; SCOTT, J. L. Sustaining second order change initiation: structured complexity and interface management. Journal of Management Development, v. 24, n. 10, p. 879-895, 2005.
TUCKER, A. L.; EDMONDSON, A. C.; SPEAR, S. When problem solving prevents organizational learning. Journal of Organizational Change Management, v. 15, n. 2, p. 122-138, 2002.
VARADARAJAN, P. R.; JAYACHANDRAN, S. Marketing strategy: an assessment of the state of the field and outlook. Journal of the Academy of Marketing Science, v. 27, n. 2, p. 120-143, 1999.
VEIGA, L. F. A.; ROCHA, A. Escolha de mercados exter- nos, distância cultural e comprometimento: estudo de casos de grandes empresas brasileiras. In: ENCONTRO NACIONAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO, 25., 2001, Campinas. Anais… Rio de Janeiro: ANPAD, 2001. CD-ROM.
VERMEULEN, F.; BARKEMA, H. G. Pace, rhythm and scope: process dependence in building a profitable multinational corporation. Strategic Management Journal, v. 23, p. 637-654, 2002.
WALSH, J. P.; UNGSON, G. Organizational memory. Academy of Management Review, v. 16, n.1, p. 57-91, 1991.
WASDELL, D. The dynamics of climate change: a case study in organizational learning. The Learning Organization, v. 18, n. 1, p. 10-20, 2011.
WILLIAMSON, O. Markets and hierarchies: analysis and antitrust implications. New York: Free Press, 1975.
YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010.
YUTHAS, K.; DILLARD, J. F.; ROGERS, R. K. Beyond agency and structure: triple-loop learning. Journal of business ethics, v. 51, n. 2, p. 229-43, 2004.