A fenomenologia de Schutz nos estudos organizacionais: o caso da estratégia empresarial

Autores/as

  • Reynaldo Josué de Paula
  • Jerry Adriane Pinto de Andrade

DOI:

https://doi.org/10.7213/rebrae.v4i2.13658

Palabras clave:

Fenomenologia. Estratégia. Fenômenos organizacionais.

Resumen

Este estudo parte do princípio de que a fenomenologia, em particular a schütziana, pode contribuir de maneira relevante ao estudo dos fenômenos organizacionais, no sentido de desvelar elementos subjetivos contidos na práxis empresarial dos agentes econômicos. Essa afirmação estende-se a uma temática seminal no contexto das empresas: o processo de formação das estratégias, que é um dos fatores decisivos para a inserção, manutenção e competitividade da empresa. É, portanto, um trabalho de natureza qualitativa, tendo como objetivo desvelar, por meio do método fenomenológico, a compreensão que cinco empresários do setor de restaurantes de Salvador têm sobre a formação da estratégia nas suas atividades empresariais. A análise compreensiva e interpretativa dos resultados foi feita à luz da fenomenologia social de Alfred Schütz e do pensamento estratégico de Henry Mintzberg. Demonstrou-se que conceber estratégia exclusivamente sob um prisma analítico racional é limitado, pois as falas dos pesquisados revelam a presença de aspectos subjetivos, tais como intuição, cognição e emoção, como fatores basilares na formulação e na implementação de estratégias em sua práxis empresarial. De maneira conclusiva, este estudo nos remete a uma estratégia prática, isto é, a uma estratégia que emerge mais de um processo pragmático e da vivência dos pesquisados do que a uma estratégia sistematicamente planejada e executada. 

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Publicado

2011-07-19

Cómo citar

de Paula, R. J., & de Andrade, J. A. P. (2011). A fenomenologia de Schutz nos estudos organizacionais: o caso da estratégia empresarial. REBRAE, 4(2), 155–168. https://doi.org/10.7213/rebrae.v4i2.13658

Número

Sección

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