O abandono da psicoterapia individual: revisão sistemática da literatura

Autores

  • Maria Lúcia Mantovanelli Ortolan Universidade Estadual de Londrina
  • Maíra Bonafé Sei

DOI:

https://doi.org/10.7213/psicolargum.40.110.AO14

Palavras-chave:

psicoterapia, abandono, desistência, revisão sistemática.

Resumo

O abandono da psicoterapia individual é um fenômeno recorrente nos serviços de saúde mental. Objetivou-se, assim, por meio de uma revisão sistemática da literatura verificar as variáveis relacionadas com o abandono da psicoterapia individual de adultos. As bases de dados utilizadas para a busca foram PePSIC, SciELO, LILACS e Redalyc. A pesquisa datou-se de fevereiro de 2020, sem recorte temporal. Ao todo foram encontrados 1.857 estudos, dos quais sete foram selecionados para análise, estabelecendo-se as seguintes categorias de variáveis: a) Expectativas do paciente, b) Objetivos do paciente com a psicoterapia, c) Disponibilidade subjetiva do paciente para a psicoterapia, d) Relação do paciente com o terapeuta, e) Técnicas e hipóteses terapêuticas, f) Diagnósticos específicos, g) Variáveis ambientais. Os estudos apontam que as variáveis relacionadas ao paciente, tais como suas expectativas, objetivos e disponibilidade subjetiva para o tratamento têm frequência de relação com o fenômeno do abandono da psicoterapia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Bacelar, T. D., Figueredo-Campos, J. G., Lopes, F. C., & de Paula, J. J. (2020). Satisfação e

qualidade de vida em psicoterapia: um estudo piloto em clínica-escola. Revista

Psicologia, Diversidade e Saúde, 9(3), 327-338. Recuperado de:

https://200.128.7.132/index.php/psicologia/article/view/3217

Benetti, S. P. C., & Cunha, T. R. S.. (2008). Abandono de tratamento psicoterápico:

implicações para a prática clínica. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 60(2), 48-59. Recuperado de: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/arbp/v60n2/v60n2a07.pdf

Benítez, A. P. R., Bastidas, I. L. O., & Camargo, Y. S.. (2009). Factores que influyen en

la deserción terapêutica de los consultantes de un centro universitário de atención

psicológica. International Journal of Psychological Research, 2(2), 137-147.

Recuperado de: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=5134715

Carvalho, L. F., Pianowski, G., & Santos, M. A. (2019). Guidelines for conducting and

publishing systematic reviews in Psychology. Estudos de Psicologia, 02(36), 1-14. https://doi.org/10.1590/1982-0275201936e180144

Cunha, T. R. dos S., & Benetti, S. P. da C.. (2013). Abandono de atendimento psicológico por

crianças em uma clínica-escola. Psicologia Argumento, 31(73), 271-281. Recuperado

de https://periodicos.pucpr.br/index.php/psicologiaargumento/article/view/20443

Dotta, P., Feijó, L. P., & Serralta, F. B. (2020). Rupturas de la Alianza Terapéutica: un estúdio

de caso interrumpido en psicoterapia psicoanalítica con un paciente limítrofe. Ciencias

Psicológicas, 14(2), 1-15. https://doi.org/10.22235/cp.v14i2.2321

Farias, I. C., Alves, S. V., & Vieira, C. A. L. (2020). O que (não) dizem as entrelinhas: Análise

dos casos de abandono de uma clínica-escola em psicologia. Interação em Psicologia,

(3), 230-8. http://dx.doi.org/10.5380/riep.v24i3.68058

Gastaud, M. B., & Nunes, M. L. T. (2010). Abandono de tratamento na psicoterapia

psicanalítica: em busca de definição. Jornal Brasileiro de Psiquiatra, 59(3), 247-254. http://dx.doi.org/10.1590/S0047-20852010000300012.

Hohendorff, J. V. (2014). Como escrever um artigo de revisão de literatura. In S. H.

Koller, Couto, M. C. P. P., & J. V.Hohendorff (Orgs), Manual de produção

científica (pp. 39-54). Porto Alegre: Penso. Recuperado de:

https://www.biosanas.com.br/uploads/outros/artigos_cientificos/18/6505082c2a

c23986651c7b1f7a4a92e.pdf

Jung, S. I., Serralta, F. B., Nunes, M. L. T., & Eizirik, C. L.. (2014). Momentos distintos

no abandono da psicoterapia psicanalítica. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 63(2),

-41. https://doi.org/10.1590/0047-2085000000017

Jung, S. I., Serralta, F. B., Nunes, M. L. T., & Eizirik, C. L.. (2015). Desistência e

conclusão em psicoterapia psicanalítica, um estudo qualitativo de pacientes de

Porto Alegre, Brasil. RBPsicoterapia, 17(1), 25-40. Recuperado de:

https://lume.ufrgs.br/handle/10183/201831

Manubens, R. T., Roussos, A., Ryberg, J. O., & Penedo, J. M. G.. (2018). Rupturas en la

alianza terapêutica y su asociación con cambio y abandonos tempranos en

psicoterapia. Revista de Investigación en Ciencias Sociales y Humanidades, 5(2),

-158. http://dx.doi.org/10.30545/academo.2018.jul-dic.7

Medina, M. P.. (2005). El abandono en las terapias psicológicas. Aposta: Revista de Ciencias

Sociales, (14), 1-16. Recuperado de:

http://apostadigital.com/revistav3/hemeroteca/porcel.pdf

Moher, D., Liberati, A., Tetzlaff, J., & Altman, D. G. (2009). Prisma Group. Preferred

Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses: The PRISMA Statement. Plos Medicina, 6(7), 335-342. https://doi.org/10.5123/S1679-49742015000200017

Olán, R. J. A.. (2017). Expectativas, percepción del paciente hacia su terapeuta y razones

para assistir a dos o mas sesiones. Salud Mental, 30(5), 55-62. Recuperado de:

http://www.scielo.org.mx/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0185

&lng=es&nrm=iso&tlng=es

Pessota, C. M., Feijo, L. P., & Benetti, S. P. D. C. (2020). Preditores do abandono inicial em

psicoterapia psicodinâmica. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 72(2), 43-56.

Recuperado de: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809

Posada, D. O., Porras, J. R., Cano, A. T., & Mateus, M. P.. (2017). Estudio

epidemiológico de salud mental en población clínica de un centro de atención

psicológica. Psychologia: avances de la disciplina, 11(1), 85-96. Recuperado de:

http://www.scielo.org.co/pdf/psych/v11n1/1900-2386-psych-11-01-00085.pdf

Pureza, J. da R., Oliveira, M. da S., & Andretta, I.. (2013). Abandono terapêutico na

terapia cognitivo-comportamental. Psicologia Argumento, 13(74), 561-568.

https://doi.org/10.7213/psicol.argum.31.074.AO10

Swift, J. K., & Greenberg, R. G.. (2012). Premature discontinuation in adult

psychotherapy: a meta-analysis. Journal of Consulting and Clinical Psychology, 80(4), 547-59. https://doi.org/10.1037/a0028226

Taylor, S., Abramowitz, J. S., McKay, D.. (2012). Non-adherence and non-response in

the treatment of anxiety disorders. Journal of Anxiety Disorders, 26(5), 583-9.

https://doi.org/10.1016/j.janxdis.2012.02.010

Vargas, F., & Nunes, M. L. T. (2003). Razões expressas para o abandono de tratamento

psicoterápico. Aletheia, (17), 155-158. Recuperado de:

https://www.redalyc.org/pdf/1150/115013455015.pdf

Westmacott, R., Hunsley, J., Best, M., Rumstein-McKean, O., Schindler, D.. (2010).

Client and therapist views of contextual factors related to termination from

psychotherapy: a comparison between unilateral and mutual terminators.

Psychother Research, 20(4), 423-35.

https://doi.org/10.1080/10503301003645796

Downloads

Publicado

2022-09-05

Como Citar

Mantovanelli Ortolan, M. L., & Bonafé Sei, M. (2022). O abandono da psicoterapia individual: revisão sistemática da literatura. Psicologia Argumento, 40(110). https://doi.org/10.7213/psicolargum.40.110.AO14

Edição

Seção

Revisão