Grupo vivencial de sonhos na Psicologia Analítica como metodologia de trabalho em saúde mental

Autores

  • Jéssica Caroline dos Santos UFPR
  • Carlos Augusto Serbena UFPR

DOI:

https://doi.org/10.7213/psicolargum.36.92.AO01

Palavras-chave:

Grupo, Psicologia Analítica, Sonhos.

Resumo

Este estudo visa analisar e descrever teoricamente o trabalho com grupos vivenciais de sonhos na perspectiva da Psicologia Analítica. Essa interface prediz uma intervenção que supera a prática psicológica tradicional focada no indivíduo, e assim, esta pesquisa resultou na descrição do desenvolvimento do método grupal e vivencial com sonhos. A partir da pesquisa bibliográfica apresentada pelos principais autores dessa área como: Freitas, Gallbach, Mendes, Silva, Parisi, Yalom, Zimerman entre outros. Por meio da experiência destes autores, foi possível identificar que a dinâmica dos grupos fomentou a construção de uma identidade grupal, no qual os participantes sentem-se acolhidos para expressar os sonhos por meio de técnicas expressivas empregadas e realizando associações e amplificações pessoais e arquetípicas. Os grupos vivenciais, desta forma apresentam-se como uma importante ferramenta de intervenção e possibilidade terapêutica transformadora, principalmente quando comparado às novas metodologias empregadas na área saúde. Assim, o grupo torna-se um instrumento terapêutico para o desenvolvimento psicológico por meio do processo grupal numa perspectiva de acolhimento, compartilhamento e aceitação incondicional entre os participantes. Este método mostrou-se ser adaptável conforme o contexto em que será aplicado, perfil dos membros e objetivos selecionados. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Azevedo, L. M. (2009). Diálogo com o Inconsciente: A imagem, recursos expressivos, sandplay. In: Albertini, P., Freitas, L. V. Jung e Reich: articulando conceitos e práticas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, pp. 50-64.

Barcellos, G. (2012). Psique e imagem: estudos de psicologia arquetípica. Petrópolis: Editora Vozes.

Barreto, A. P. (2005). Terapia comunitária passo a passo. Terapia comunitária passo a passo. Fortaleza: Editora Gráfica LCR.

Bondìa, J. L. (2002). Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação. 2002. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n19/n19a02.pdf. Acesso em 09/09/2016.

Brasil. (2009). Memória da loucura: apostila de monitoria. Brasília: Ministério da Saúde. Recuperado em 04 maio, 2016, em <http://www.ee.usp.br/departamento/nucleo/CComs/doc/Memoria_da_Loucura.pdf>.

Brasil. (2013). Cadernos de Atenção Básica – Saúde Mental. Nº 34. Recuperado em 04 maio, 2016, em www.saude.gov.br/bvs.

Cabete, D. G., Cavaleiro, A. M., Pinteus, M. T. (2012). Visualização: Uma intervenção possível em psicologia da saúde. Análise Psicológica, 21, 2, 195-200.

Faria, D. L; Freitas, L. V; & Gallbach, M. R. (2014). Sonhos na Psicologia Junguiana: Novas perspectivas no contexto Brasileiro. São Paulo: Paulus.

Fonseca, P. I. M. N., TAVARES, C. M. (2014). Coleta de dados através da técnica da imaginação ativa proposta por CG Jung: relato de experiência. Revista Interdisciplinar, 6, 4, 53-159.

Franz, M. (1999). Psicoterapia. São Paulo: Paulus.

Freitas, L. V. (1990). O Arquétipo do Mestre-Aprendiz: considerações sobre a vivência. Revista Junguiana, 8, 77-92.

Freitas, L. V. (2005). O calor e a luz de Héstia: sua presença nos grupos vivenciais. Cadernos de Educação UNIC, Edição Especial, pp. 131-145.

Freitas, L. V. (2007). Algumas considerações sobre a psicologia analítica no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Boletim de Psicologia, 57, 126, 53-70.

Freitas, L. V. (2009). Panorama dos conceitos Junguianos. In: Albertini, P., Freitas, L. V. Jung e Reich: articulando conceitos e práticas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, pp. 16-31.

Freitas, L. V. (2014). O sonho na psicoterapia, nos grupos vivenciais e na formação do psicólogo: Iniciação e linguagem facilitadora. In: Faria, D. L; Freitas, L. V; & Gallbach, M. R. (Org.). Sonhos na Psicologia Junguiana: Novas perspectivas no contexto Brasileiro. São Paulo: Paulus, pp. 79-105.

Gallbach, M. R. (2000). Aprendendo com os sonhos. São Paulo: Paulus.

Gallbach, M. R. (2014). O potencial de cura dos sonhos e a eficácia terapêutica dos grupos de vivência de sonhos. In: Faria, D. L; Freitas, L. V; & Gallbach, M. R. (Org.). Sonhos na Psicologia Junguiana: Novas perspectivas no contexto Brasileiro. São Paulo: Paulus, pp. 250-265.

Hillman, J. (2013). O sonho e o mundo das trevas. Petrópolis: Vozes.

Holanda, A. F. (2012). O método fenomenológico em psicologia: uma leitura de Nilton Campos. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 12, 3, 833-851.

Johnson, R.A., Coutts, L. (1986). Inner work: Using dreams and active imagination for personal growth. New York: Harper & Row.

Jung, C. G. (2009). A natureza da psique. Petrópolis: Vozes. Obras Completas: Vol. VIII/2. (Obra original publicada em 1971).

Jung, C. G. (2011). Estudos alquímicos. Petrópolis: Vozes. (Obra original publicada em 1978).

Jung, C. G. (2016). A energia psíquica. Petrópolis: Vozes. V. VIII. (Obra original publicada em 1971).

Kaplan-Williams, S. (1993). Elementos em sonhoterapia. Rio de Janeiro: Ediouro, p. 38.

Lobato, C. (2011). Benjamin e a questão da experiência. Cadernos Walter Benjamin: 7, jul/dez.

Mendes, D. C. (2014). Começando a sonhar: trabalhando os sonhos em grupo no hospital dia de saúde mental. In Faria, D. L; Freitas, L. V; & Gallbach, M. R.. (Org.). Sonhos na Psicologia Junguiana: Novas perspectivas no contexto Brasileiro São Paulo: Paulus, 250-265.

Mora, J. F. (2001). Dicionário de filosofia. 4.(Q-Z). São Paulo: Edições Loyola.

Muller, M., Calvetti, P., Redivo, L., Geyer, J., & Jarros, R. (2011). Técnicas de Relaxamento e Visualização na Psicologia da Saúde. Revista de Psicologia da IMED, 1(1), 39-45.

Parisi, S. (2012). Amor e Separação - Reencontro Com Alma Feminina. São Paulo: Novos temas.

Rogers, C. R. (1983). Um jeito de ser. São Paulo: EPU.

Rogers, C. R. (2009). Grupos de encontro. 9ª ed. – São Paulo: WMF Martins Fontes.

Sanford, J. (2007). Os sonhos e a cura da alma. 4ª ed. São Paulo: Paulus.

Silva, H. H. A. C. (2014). Grupo de vivência de sonhos – uma possibilidade de utilização para o desenvolvimento do trabalhador social. In: Faria, D. L; Freitas, L. V; & Gallbach, M. R. (Org.). Sonhos na Psicologia Junguiana: Novas perspectivas no contexto Brasileiro São Paulo: Paulus.

Valle, E. (1998). Psicologia e experiência religiosa: estudos introdutórios. São Paulo: Loyola.

Vinogradov, S., & Yalom, I. D. (1992). Manual de psicoterapia de grupo. Porto Alegre: Artes Nedicas

Yalom, I. D. & Leszcz, M. (2006). Psicoterapia de grupo: teoria e prática. Porto Alegre: Artmed.

Zimerman, D. E. (2009). Fundamentos básicos das grupoterapias. Porto Alegre: Artmed.

Zinkin, L., Gordon, R. & Haynes, J. (1998). Dialogue in the analytic setting: Selected Papers of Louis Zinkin on Jung and on Group Analysis. London: Jessica Kingsley.

Downloads

Publicado

2019-11-18

Como Citar

Santos, J. C. dos, & Serbena, C. A. (2019). Grupo vivencial de sonhos na Psicologia Analítica como metodologia de trabalho em saúde mental. Psicologia Argumento, 36(92), 140–162. https://doi.org/10.7213/psicolargum.36.92.AO01

Edição

Seção

Artigos