Resiliência de imigrantes haitianos frente ao processo de adaptação no novo país: impactos na saúde mental

Autores

  • Jéssica Ortiz de Melo CEFI - Centro de Estudos da Família e do Indivíduo
  • Patricia Fasolo Romani InTCC – Ensino, Pesquisa e Atendimento Individual e Familiar

DOI:

https://doi.org/10.7213/psicolargum.37.96.AO03

Palavras-chave:

imigração, Haiti, resiliência, adaptação, saúde mental.

Resumo

A imigração haitiana aumentou nos últimos anos devido a diversos fatores, sobretudo a partir do desastre ambiental ocorrido no país. O contexto da imigração envolve estressores que podem afetar de forma significativa a saúde física e mental do sujeito. O presente estudo teve como objetivo investigar os impactos da imigração na saúde mental de imigrantes haitianos que residem em Porto Alegre. Trata-se de um estudo qualitativo, de cunho exploratório. Os dados foram coletados através de uma entrevista semiestruturada e posteriormente interpretados por meio da análise de conteúdo temática, sendo discutidos com base nos referenciais teóricos da psicologia social e saúde coletiva. A partir dos dados obtidos foi possível compreender quais os comprometimentos do processo de imigração para a saúde mental dos imigrantes haitianos que participaram da pesquisa.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Jéssica Ortiz de Melo, CEFI - Centro de Estudos da Família e do Indivíduo

A imigração haitiana aumentou nos últimos anos devido a diversos fatores, sobretudo a partir do desastre ambiental ocorrido no país. O contexto da imigração envolve estressores que podem afetar de forma significativa a saúde física e mental do sujeito. O presente estudo teve como objetivo investigar os impactos da imigração na saúde mental de imigrantes haitianos que residem em Porto Alegre. Trata-se de um estudo qualitativo, de cunho exploratório. Os dados foram coletados através de uma entrevista semiestruturada e posteriormente interpretados por meio da análise de conteúdo temática, sendo discutidos com base nos referenciais teóricos da psicologia social e saúde coletiva. A partir dos dados obtidos foi possível compreender quais os comprometimentos do processo de imigração para a saúde mental dos imigrantes haitianos que participaram da pesquisa.

Patricia Fasolo Romani, InTCC – Ensino, Pesquisa e Atendimento Individual e Familiar

A imigração haitiana aumentou nos últimos anos devido a diversos fatores, sobretudo a partir do desastre ambiental ocorrido no país. O contexto da imigração envolve estressores que podem afetar de forma significativa a saúde física e mental do sujeito. O presente estudo teve como objetivo investigar os impactos da imigração na saúde mental de imigrantes haitianos que residem em Porto Alegre. Trata-se de um estudo qualitativo, de cunho exploratório. Os dados foram coletados através de uma entrevista semiestruturada e posteriormente interpretados por meio da análise de conteúdo temática, sendo discutidos com base nos referenciais teóricos da psicologia social e saúde coletiva. A partir dos dados obtidos foi possível compreender quais os comprometimentos do processo de imigração para a saúde mental dos imigrantes haitianos que participaram da pesquisa.

Referências

Achotegui, J. (2008). Migración y salud mental. El síndrome delinmigrante com estrés crónico y múltiple (síndrome de Ulises). ASMR Revista Internacional On-Line, 7(1), 1-22. Recuperado em 20 março, 2017. ISSN 1579-3516

Angst, R. (2009). Psicologia e resiliência: uma revisão de literatura. Psicologia Argumento, 27(58), 253-260. Recuperado em 15 abril, 2017, de file:///C:/Users/12-09-2017/Downloads/20225-34957-1-SM.pdf.

Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). (2015). Refugiado ou Migrante? O ACNUR incentiva a usar o termo correto. Recuperado em 13 abril, 2017, de http://www.acnur.org/portugues/noticias/noticia/refugiado-ou-migrante-o-acnur-incentiva-a-usar-o-termo-correto/

Andreatta, G. (Dezembro 2016). Número de trabalhadores imigrantes no Brasil dobra em cinco anos. Ministério do Trabalho. Recuperado 15 novembro, 2017, de http://trabalho.gov.br/noticias/4034-numero-de-trabalhadores-imigrantes-no-brasil-dobra-em-cinco-anos

Bardin. L. (1977). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.

Baeninger, R., & Peres, R. (2017). Migração de crise: a migração haitiana para o Brasil. Revista Brasileira de Estudos de População, 34(1), 119-143. Recuperado em 10 novembro, 2017. https://dx.doi.org/10.20947/s0102-3098a0017

Barros, A. F. O. (2016). Reconstrução em movimento: os impactos psicológicos do terremoto de 2010 em imigrantes haitianos.Dissertação de mestrado, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil.

Berry, J.W. (1989). Context: Southeast Asians in California.The acculturation process and refugee behavior, 10 (75), 1-12.Recuperadoem 05 novembro, 2017. http://www.renincorp.org/context/context-vol-10/cx10-75.pdf

Borges de Lima, Júlia & Araujo, Tereza Cristina. (2017). Avaliação de resiliência: Um estudo exploratório com pacientes oncológicos. Psicologia Argumento. 30. 10.7213/rpa.v30i68.20357. Recuperado em 10 novembro, 2017 de https://periodicos.pucpr.br/index.php/psicologiaargumento/article/view/20357/19629

Borges, L., & Pocreau, J. (2009). Reconhecer a diferença: o desafio da Etnopsiquiatria. Psicologia Em Revista, 15(1), 232 - 245. Recuperado em 14 novembro, 2017 de http://periodicos.pucminas.br/index.php/psicologiaemrevista/article/view/627

Brandes, L. (2014). Migração Internacional: Implicações psicológicas do retorno do emigrante ao seu lugar de origem.Dissertação de Mestrado, Universidade Vale do Rio, Governador Valadares, MG, Brasil.

Cabistany, L. D., &Rombaldi, A. J. (2014). Associação entre prática religiosa e estilo de vida saudável em escolares de Pelotas, RS. ABCS Health Sciences – Arquivos Brasileiros de Ciências da Saúde, 39 (2), 64-70. Recuperado em 08 novembro, 2017, de http://dx.doi.org/10.7322/abcshs.v39i2.624

Campos, C. J. G. (2004). Método de Análise de Conteúdo: ferramenta para a análise de dados qualitativos no campo da saúde. Revista Brasileira de Enfermagem, 57 (5), 611-614. Recuperado em 06 maio, 2017. https://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672004000500019

Carta, M. G. et al. (2005). Migration and mental health in Europe (the state of the mental health in Europe working group: appendix 1). Clinicalpracticeandepidemiology in mental health : CP & EMH, 13 (1), 1-16. Recuperado em 20 maio, 2017. 10.1186/1745-0179-1-13

Conselho Nacional De Saúde (Brasil). (2012). Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Recuperado em 05 maio, 2017, de http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf

Cotinguiba, G. C. (2014). Imigração Haitiana para o Brasil – A relação entre trabalho e processos migratórios. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Rondônia – Unir, Porto Velho, RO, Brasil.

Dantas, S. (2016). Migração, Prevenção em Saúde Mental e Rede Digital. Remhu: Revista Interdisciplinar da Mobilidade Humana, 24(46), 143-157. Recuperado em 18 maio, 2017. https://dx.doi.org/10.1590/1980-85852503880004610

Dias, S., & Gonçalves, A. (2007). “Imigração e Saúde”, in Dias, Sónia (org.), Revista Migrações - Número Temático Imigração e Saúde, Setembro 2007, n.º 1, Lisboa: ACIDI, 15-27. Recuperado em 09 novembro, 2017. http://www.uc.pt/fluc/gigs/GeoHealthS/doc_apoio/migracoes_e_saude.pdf

Diehl, F. (2016). As ressignificações do conceito de raça e o racismo contra os imigrantes haitianos no brasil. Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Santa Cruz do Sul, RS, Brasil.

Editora Abril (Janeiro 2017). Revista online Exame:WhatsApp: o idioma dos imigrantes. São Paulo, SP: Autor. Recuperado de https://exame.abril.com.br/tecnologia/whatsapp-o-idioma-dos-imigrantes/

Elias, N., &Dunning, E. (1992). A Busca da Excitação. Lisboa: Difel.

Fernandes D., & Castro, M. C. G. (2014).Estudos sobre a Migração Haitiana ao Brasil e Diálogo Bilateral (Projeto de Pesquisa), Belo Horizonte, BH, Conselho Nacional de Imigração (CNIg), Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil e a Organização Internacional para a Migração (OIM).

Fernandes, D., & Faria, A. V. (2017). O visto humanitário como resposta ao pedido de refúgio dos haitianos. Revista Brasileira de Estudos de População, 34(1), 145-161. Recuperado em 05 novembro, 2017. https://dx.doi.org/10.20947/s0102-3098a0012

Ferreira, C. L. (2010). Trabalho, Tempo livre e Lazer: Uma reflexão sobre o uso do tempo da população brasileira. Dissertação de mestrado, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Ponta Grossa, PR, Brasil.

Franken, I., Coutinho, M. P. L., & Ramos, M. N. P. (2012). Representações sociais, saúde mental e imigração internacional. Psicologia: Ciência e Profissão, 32(1), 202-219. Recuperado em 20 março, 2017. https://dx.doi.org/10.1590/S1414-98932012000100015

Freitas, C., & Mendes, A. (2013). A resiliência da saúde migrante: itinerários terapêuticos plurais e transnacionais. REMHU: Revista Interdisciplinar da Mobilidade Humana , 21(40), 69-92. Recuperado em 24 março, 2017. https://dx.doi.org/10.1590/S1980-85852013000100005

Franken, I, Coutinho, M. P. L., & Ramos, M. N. P. (2010, agosto). Os impactos negativos do processo migratório internacional e os transtornos mentais comuns – um estudo com brasileiros imigrantes. Artigo apresentado no Seminário Internacional Fazendo Gênero - Diásporas, Diversidades, Deslocamentos, Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil, 9.

Godoy, G. (2011). O caso dos haitianos no Brasil e a via da proteção humanitária complementar. In: Ramos, A., Rodrigues, G. & Almeida, G. (Org.). 60 anos de ACNUR: perspectivas de futuro (pp. 15–44). São Paulo: CL-A Cultural.

Goodman, L. A. (1961, março). Amostragem de Snowball. Anais de Estatística Matemática, 32 (1), 148-170.

Guerra, K.,& Ventura, M. (2017). Bioética, imigração e assistência à saúde: tensões e convergências sobre o direito humano à saúde no Brasil na integração regional dos países. Cadernos Saúde Coletiva, 25(1), 123-129. Recuperado em 12 outubro, 2017, de https://dx.doi.org/10.1590/1414-462x201700010185

Jardim, D. F. (2016). Imigrantes ou Refugiados ? As Tecnologias de Governamentalidade e o Êxodo Palestino rumo ao Brasil no século XX. Horizontes Antropológicos, 22(46), 243-271. Recuperado em 10 março, 2017, de http://dx.doi.org/10.1590/S0104-71832016000200009

La Rúa, A. F. (2004). Los espaciossociales de latransnacionalidad. Una tipología de laintegración relacional de los migrantes. Araucaria Revista Iberoamericana de filosofía, política y humanidades, 6(12), 1-25. Recuperado em 10 novembro, 2017. ISSN digital: 2340-2199.

Lavall, E.,Olschowsky, A., &Kantorski, L. P. (2009). Avaliação de família: rede de apoio social na atenção em saúde mental. Revista Gaúcha de Enfermagem, 30(2), 198-205. Recuperado em 14 novembro, 2017 https://mc04.manuscriptcentral.com/rgenf-scielo

Lawler, K. A., & Younger, J.W. (2002).Theobiology: an analysis of spirituality, cardiovascular responses, stress, mood, and physical health. Journal of Religion and Health, 41(4), 347-362. http://www.jstor.org/stable/27511643

Lechner, E. (2007). “Imigração e saúde mental”, in Dias, Sónia (org.), Revista Migrações - Número Temático Imigração e Saúde, Setembro 2007, n.º 1, Lisboa: ACIDI, pp. 79-101. Recuperado em 08 novembro, 2017. ISSN: 1646-8104

Lima, A. D. E. O. (2016). O choque cultural na produção do sofrimento psíquico : notas de uma apreciação antropológica do livro A síndrome de Ulisses. Revista Espaço Acadêmico, 16(185), 50-59. Recuperado em 12 março, 2017, de http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/31446/17598

Mejía, M. R., Cazarotto, R. T., & Granada, D. (2014, agosto). Imigração de haitianos para o Brasil: análises de um processo em construção a partir de um estudo de caso. Reunião Brasileira de Antropologia, Natal, RN, Brasil, 29.

Moraes, I., Andrade, C., & Mattos, B. (2013). A imigração haitiana para o Brasil: causas e desafios. Revista Conjuntura Austral, 4 (20), 95-114. Recuperado em 11 outubro, 2017, de http://dx.doi.org/10.22456/2178-8839.35798

Panzini, Raquel Gehrke, & Bandeira, Denise Ruschel. (2007). Coping (enfrentamento) religioso / espiritual. ArchivesofClinicalPsychiatry, 34 (1), 126-135. Recuperado em 08 novembro, 2017. https://dx.doi.org/10.1590/S0101-60832007000700016

Pereira, A. H. R. (2007). “O Componente Militar da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti” in Darley, William (Ed.), Military Review (Edição Brasileira), Janeiro/Fevereiro 2007, n.º 1. 2-13. Recuperado em 11 novembro, 2017. ISSN 1067-0653

Ramos, N. (2009). Saúde, migração e direitos humanos. Mudanças – Psicologia da Saúde, 17(1), 1–11. Recuperado em 20 março, 2017, de file:///C:/Users/12-09-2017/Downloads/1924-4293-2-PB%20(1).pdf

Rodrigues, V. M. (2013). Migrantes Haitianos no Brasil: Mitos e contradições. Santiago do Chile, ALAS. Recuperado em 10 novembro, 217. http://actacientifica.servicioit.cl/biblioteca/gt/GT9/GT9_MozineRodriguezV.pdf

Roscoche, L. F. (2016). Trabalho, Lazer e Religião: Uma Aproximação. LICERE - Revista do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Estudos do Lazer, 19 (2), 388-420. Recuperado em 05 novembro, 2017. https://seer.ufmg.br/index.php/licere/article/view/2056/1496

Semedo, M. M. (2016). Depressão , Estratégias de Coping e Resiliência : Estudo Transcultural com Imigrantes Cabo-Verdianos e Brasileiros. Dissertação de Mestrado, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa, Portugal.

Silva, S. A. (2017). Imigração e redes de acolhimento: o caso dos haitianos no Brasil. Revista Brasileira de Estudos de População, 34(1), 99-117. Recuperado em 10 novembro, 2017. https://dx.doi.org/10.20947/s0102-3098a0009

Trad, L. A. B. (2003). Processo migratório e saúde mental: rupturas e continuidade na vida cotidiana. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 13(1), 139-156. Recuperado em 10 março, 2017, de https://dx.doi.org/10.1590/S0103-73312003000100007

Truzzi, O. (2008). Redes em processos migratórios. Tempo Social, 20(1), 199-218. Recuperado em 08 novembro, 2017. https://dx.doi.org/10.1590/S0103-20702008000100010

Von Mühlen, B., Dewes, D. &Leite, J. (2010).Stress e processo de adaptação em pessoas que mudam de país : uma revisão de literatura. Revista Ciência em Movimento, 12(24), 59–68. Recuperado em 10 março, 2017, de https://www.metodista.br/revistas/revistas-ipa/index.php/CMBS/article/view/61/36

Zeni, K., & Filippim, E. S. (2014).Migração haitiana para o Brasil: acolhimento e políticas públicas. Revista Pretexto, 15 (2), 11-27. Recuperado em 10 novembro, 2017. http://dx.doi.org/10.21714/pretexto.v15i2.1534

Downloads

Publicado

2019-12-16

Como Citar

Ortiz de Melo, J., & Fasolo Romani, P. (2019). Resiliência de imigrantes haitianos frente ao processo de adaptação no novo país: impactos na saúde mental. Psicologia Argumento, 37(96), 184–206. https://doi.org/10.7213/psicolargum.37.96.AO03

Edição

Seção

Artigos