Saúde e estilo de vida dos trabalhadores do setor extrativo do Paraná

Autores

  • Luciano Nadolny Serviço Social da Indústria http://orcid.org/0000-0002-2245-2783
  • Denise de Camargo Universidade Tuiuti do Paraná - UTP
  • Ana Claudia Nunes de Souza Wanderbroocke Universidade Tuiuti do Paraná - UTP

DOI:

https://doi.org/10.7213/psicolargum.36.93.AO06

Palavras-chave:

Estilo de vida, Saúde do trabalhador, Política de Saúde do Trabalhador

Resumo

O presente trabalho teve como objetivo conhecer o estilo de vida e a saúde dos trabalhadores da Indústria Extrativa do Paraná e como eles vivenciam a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. O estudo foi realizado a partir dos dados quantitativos coletados pelo Diagnóstico de Saúde e Estilo de Vida realizado pelo Serviço Social da Industria (SESI), nos anos 2010 e 2014, e da análise qualitativa de dados produzidos, em 2016, de entrevistas semiestruturadas individuais com trabalhadores de uma indústria extrativa localizada na Região Metropolitana de Curitiba. O estilo de vida e saúde foi pesquisado nos seguintes fatores: no relato de doenças crônicas e do risco para doenças crônicas; no relato do dia de trabalho e dos cuidados com prevenção à saúde. Encontrou-se indicadores desfavoráveis à saúde maiores do que os de todos os trabalhadores do Paraná e do Brasil e verificou-se que os trabalhadores entrevistados não têm acesso a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (Portaria Nº 1.823, 2012) e não participam como membros da comunidade e do controle social da política de saúde. O único serviço de saúde que vivenciam são os oferecidos nos exames periódicos descritos na Norma Regulamentadora (NR) 7 da Lei Nº 6.514 e oferecidos pelas empresas em que trabalham.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Luciano Nadolny, Serviço Social da Indústria

Mestrado em Psicologia pela Universidade Tuiuti do Paraná - UTP

Denise de Camargo, Universidade Tuiuti do Paraná - UTP

Doutorado em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Linha de pesquisa: Promoção da saúde: Estudo das emoções nas práticas sociais no contexto educacional.

Universidade Tuiuti do Paraná - UTP

 

Ana Claudia Nunes de Souza Wanderbroocke, Universidade Tuiuti do Paraná - UTP

Doutorado em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Linha de pesquisa: Promoção da saúde: Estudo das emoções nas práticas sociais no contexto educacional.

Referências

Alves, R. F., Lima, A. G. B., Souza, F.M., Ernesto, M.V., Silva, R.V. (2011) Saúde do homem na interface com Psicologia da Saúde. In: ALVES, R.F. (Org.) Psicologia da Saúde: teoria, intervenção e pesquisa. Campina Grande: EDUEPB, 346 p.

Antunes, R. (1982) A classe operária e a objetivação do capitalismo no Brasil. In: Classe Operária, Sindicatos e Partido no Brasil – Da Revolução de 30 até a Aliança Nacional Libertadora, São Paulo: Cortez. (p. 39-56)

Arruda, G. O., Mathias, T. A. F., & Marcon, S. S. (2017). Prevalência e fatores associados à utilização de serviços públicos de saúde por homens adultos. Ciência & Saúde Coletiva, 22(1), 279-290. https://dx.doi.org/10.1590/1413-81232017221.20532015

Artur, K. (2015). Participação e direito à saúde dos trabalhadores. Saúde e Sociedade, 24(3), 853-868. https://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902015133201

Brasil. Ministério da Previdência Social. (2016) Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho. AEAT. 2014. Disponível em: http://www.previdencia.gov.br/dados-abertos/dados-abertos-sst

Brasil. Ministério da Saúde. (2016). Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, VIGITEL. Recuperado de http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/maio/12/Lancamento-resultados-2016.pdf

Figueiredo, W. (2005). Assistência à saúde dos homens: um desafio para os serviços de atenção primária. Ciência & Saúde Coletiva, 10(1), 105-109. https://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232005000100017

Gomes, R., Nascimento, E. F. & Araújo, F. C. (2007). Por que os homens buscam menos os serviços de saúde do que as mulheres? As explicações de homens com baixa escolaridade e homens com ensino superior. Cadernos de Saúde Pública, 23(3), 565-574. https://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2007000300015

Gomez, C. M., & Lacaz, F. A. C. (2005). Saúde do trabalhador: novas-velhas questões. Ciência & Saúde Coletiva, 10(4), 797-807. https://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232005000400002

Hammerschmidt, Karina Silveira de Almeida, & Santos, Silvana Sidney Costa. (2009). Família: redes, laços e políticas públicas. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 19(4), 1203-1208. https://dx.doi.org/10.1590/S0103-73312009000400016

Hoefel, M. G. L, Severo, D.O. (2011). Participação social em saúde do trabalhador: avanços, desafios e perspectivas contemporâneas. Revista Tempus - Actas de Saúde Coletiva; 5 (4): 119-138

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IBGE.(1994) Comissão Nacional de Classificação. Dispponível em: http://concla.ibge.gov.br/classificacoes/por-tema/atividades-economicas/classificacao-nacional-de-atividades-economicas.html

Lacaz, F. A. C. (2007). O campo Saúde do Trabalhador: resgatando conhecimentos e práticas sobre as relações trabalho-saúde. Cadernos de Saúde Pública, 23(4), 757-766. https://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2007000400003

Minayo-Gomez, Carlos, & Thedim-Costa, Sonia Maria da Fonseca. (1997). A construção do campo da saúde do trabalhador: percurso e dilemas. Cadernos de Saúde Pública, 13(Suppl. 2), S21-S32. https://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X1997000600003

Moura, E. C., Santos, W., Neves, A. C. M., Gomes, R., & Schwarz, E. (2014). Atenção à saúde dos homens no âmbito da Estratégia Saúde da Família. Ciência & Saúde Coletiva, 19(2), 429-438. https://dx.doi.org/10.1590/1413-81232014192.05802013

Organização Mundial da Saúde. OMS (2002). Relatório Mundial da Saúde: redução dos riscos, promoção da vida saudável. Genebra: OMS.

Portaria nº 1.823 de 23 de agosto de 2012 (2012) Institui a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. Ministério da Saúde. Recuperado em 10 novembro, 2015, em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt1823_23_08_2012.html

Schraiber, L. B., Figueiredo, W. S., Gomes, R., Couto, M. T., Pinheiro, T. F., Machin, R., Silva, G. S. N. da, & Valença, O. (2010). Necessidades de saúde e masculinidades: atenção primária no cuidado aos homens. Cadernos de Saúde Pública, 26(5), 961-970. https://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2010000500018

Serviço Social da Indústria. (2014) Diagnóstico de saúde e estilo de vida do trabalhador da indústria. Manual de instruções para operacionalização do diagnóstico. (DSEV). Brasília: SESI.

Downloads

Publicado

2019-11-22

Como Citar

Nadolny, L., de Camargo, D., & Wanderbroocke, A. C. N. de S. (2019). Saúde e estilo de vida dos trabalhadores do setor extrativo do Paraná. Psicologia Argumento, 36(93), 362–382. https://doi.org/10.7213/psicolargum.36.93.AO06

Edição

v. 36 n. 93 (2018)

Seção

Artigos

Licença

O autor transfere, por meio de cessão, à EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o n.º 76.659.820/0009-09, estabelecida na Rua Imaculada Conceição, n.º 1155, Prado Velho, CEP 80.215-901, na cidade de Curitiba/PR, os direitos abaixo especificados e se compromete a cumprir o que segue:

 

  1. Os autores afirmam que a obra/material é de sua autoria e assumem integral responsabilidade diante de terceiros, quer de natureza moral ou patrimonial, em razão de seu conteúdo, declarando, desde já, que a obra/material a ser entregue é original e não infringe quaisquer direitos de propriedade intelectual de terceiros.
  2. Os autores concordam em ceder de forma plena, total e definitiva os direitos patrimoniais da obra/material à EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, a título gratuito e em caráter de exclusividade.
  3. A CESSIONÁRIA empregará a obra/material da forma como melhor lhe convier, de forma impressa e/ou on line, inclusive no site do periódico da EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, podendo utilizar, fruir e dispor do mesmo, no todo ou em parte, para:
  • Autorizar sua utilização por terceiros, como parte integrante de outras obras.
  • Editar, gravar e imprimir, quantas vezes forem necessárias.
  • Reproduzir em quantidades que julgar necessária, de forma tangível e intangível.
  • Adaptar, modificar, condensar, resumir, reduzir, compilar, ampliar, alterar, mixar com outros conteúdos, incluir imagens, gráficos, objetos digitais, infográficos e hyperlinks, ilustrar, diagramar, fracionar, atualizar e realizar quaisquer outras transformações, sendo necessária a participação ou autorização expressa dos autores.
  • Traduzir para qualquer idioma.
  • Incluir em fonograma ou produção audiovisual.
  • Distribuir.
  • Distribuir mediante cabo, fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer outro sistema que permite ao usuário realizar a seleção da obra ou produção para recebê-la em tempo e lugar previamente determinados por quem formula a demanda e nos casos em que o acesso às obras ou produções se faça por qualquer sistema que importe em pagamento pelo usuário.
  • Incluir e armazenar em banco de dados, físico, digital ou virtual, inclusive nuvem.
  • Comunicar direta e/ou indiretamente ao público.
  • Incluir em base de dados, arquivar em formato impresso, armazenar em computador, inclusive em sistema de nuvem, microfilmar e as demais formas de arquivamento do gênero;
  • Comercializar, divulgar, veicular, publicar etc.
  • Quaisquer outras modalidades de utilização existentes ou que venham a ser inventadas. 
  1. Os autores concordam em conceder a cessão dos direitos da primeira publicação (ineditismo) à revista, licenciada sob a CREATIVE COMMONS ATTRIBUTION LICENSE, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria.
  2. Os autores autorizam a reprodução e a citação de seu trabalho em repositórios institucionais, página pessoal, trabalhos científicos, dentre outros, desde que a fonte seja citada.
  3. A presente cessão é válida para todo o território nacional e para o exterior.
  4. Este termo entra em vigor na data de sua assinatura e é firmado pelas partes em caráter irrevogável e irretratável, obrigando definitivamente as partes e seus sucessores a qualquer título.
  5. O não aceite do artigo, pela EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, tornará automaticamente sem efeito a presente declaração.