Eros e Narciso: A ebulição das forças anímicas

Autores

  • Fernanda Menin
  • Lilian Loureiro
  • Milena Neri Guarnieri
  • Noely Montes Moraes

Palavras-chave:

Narcisismo, Individuação, Contemporaneidade, Alteridade, Relação amorosa

Resumo

Do ponto de vista psicodinâmico, o narcisismo expressa uma inflação egoica – situação que impede a consciência de reconhecer a alteridade. Algumas relações e situações sociais espelham essa condição, constituindo-se de projeções mútuas em que a preservação da imagem(persona) exige a exclusão de aspectos incompatíveis, depositando-os no Outro.Esta dinâmica impede a aproximação de Eros, pois não há o reconhecimento do Outro, a não ser como espelho. Não há quem discorde que nossa época apresenta alterações profundas no modo de se vivenciar as experiências humanas fundamentais. Valores, costumes, relacionamentos,tudo que vivemos parece irreconhecível para alguém do começo do século XX. Neste trabalho, pretendemos apontar a função da dinâmica narcísica como etapa necessária ao processo de individuação, pois tem por finalidade permitir o reconhecimento e posterior integração de aspectos negligenciados pela persona. Utilizando o mito de Narciso, a partir da amplificação simbólica, refletimos a respeito das possibilidades criativas trazidas pelo sacrifício/transformação/morte de Narciso: o abandono do contato superficial com a imagem refletida conduz à vivência da identidade profunda representada pelo enraizamento no Self (a transformaçãoem flor), abrindo espaço para a aproximação de Eros. Buscamos traçar paralelos desse caminho transformador/criativo com a condição contemporânea, arriscando vislumbrar saídas para o indivíduo e para o coletivo.

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Publicado

2017-11-29

Como Citar

Menin, F., Loureiro, L., Guarnieri, M. N., & Moraes, N. M. (2017). Eros e Narciso: A ebulição das forças anímicas. Psicologia Argumento, 30(69). Recuperado de https://periodicos.pucpr.br/psicologiaargumento/article/view/23277

Edição

Seção

Dossiê