A VIVÊNCIA DO DESEMPREGO POR JOVENS APRENDIZES

Autores

  • Maria Sara de lima Dias
  • Yára L. M. Bulgacov
  • Denise De Camargo

Palavras-chave:

Desemprego, Vivência subjetiva, Identidade profissional

Resumo

Este artigo revela a vivência subjetiva de jovens que, após passarem por um programa de qualificação
profissional como aprendizes, encontram-se na situação de desemprego. Considerando a
subjetividade como socialmente enraizada, busca-se, junto às narrativas destes jovens, as marcas de
nosso momento social, político e econômico. A pesquisa, ao se configurar como estudo de casos
múltiplos de natureza qualitativa, toma como dados empíricos as narrativas de jovens aprendizes
em situação de desemprego qualificado. A análise destas narrativas demonstra dois movimentos: o
da inserção e o da exclusão. A identidade neste processo é ambígua, relacionada ao tempo em que
permaneceram na empresa e à condição de excluídos. Igualam-se e distinguem-se dos demais
desempregados. Pela experiência profissional e pelo diploma adquirido, sentem-se qualificados para
o trabalho. Ao vivenciarem o papel de excluídos do trabalho, sentem o desemprego como culpa
sua. Suas emoções, cognição e ação estão constantemente implicadas na busca de emprego, para
repor uma identificação com um papel anteriormente posto, repercutindo na subjetividade desses
jovens. Os indicadores mostram que os programas de formação profissional precisam ser estudados
criticamente: não conseguem cumprir a meta para a qual foram criados, correm, assim, o risco de
ser reduzidos à propaganda dos gestores desses programas.

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Publicado

2017-11-01

Como Citar

Dias, M. S. de lima, Bulgacov, Y. L. M., & De Camargo, D. (2017). A VIVÊNCIA DO DESEMPREGO POR JOVENS APRENDIZES. Psicologia Argumento, 25(51), 351–360. Recuperado de https://periodicos.pucpr.br/psicologiaargumento/article/view/20355

Edição

Seção

Artigos