Para desarticular os estratos dominantes do organismo, da significância e da subjetivação

Autores

  • Juliana Martins Rodrigues
  • Carlos Augusto Peixoto Júnior

Palavras-chave:

Estratos. Desarticulação. Corpo sem órgãos. Devir. Hecceidade.[

Resumo

O presente artigo tem como objetivo abordar os três principais estratos a que estamos mais diretamente submetidos em nossa cultura, a saber: o organismo, a significância e a subjetivação, tais como definidos por Deleuze e Guattari em Mil Platôs. Os autores indicam que é preciso deslocar a ênfase desse conjunto de estratos molares para um novo foco: ao invés do sujeito fixado a representações transcendentes, que deve ser intérprete e é interpretado com seus “significados secretos”, e que vê seu corpo submetido a se apresentar como um organismo organizado de acordo com modelos normatizados, devemos nos voltar para a vida e seu processo de atualização, que não pode ficar restrito a limites tão estreitos e estanques. Pretende-se apontar a forma como a psicanálise mais tradicional participa mais de uma política de limitação do que de libertação de tais estratos, ao vincular o inconsciente à necessidade da interpretação e ao acorrentar a tradução do desejo às estruturas do Édipo e da castração, desconsiderando, assim, a singularidade das experiências existenciais e a multiplicidade de sentidos que elas podem ter. Por meio da análise da desarticulação dos estratos proposta pelos autores, poderão ser percebidas novas possibilidades, mapas e percursos desidentificados, encontrados, por exemplo, no discurso das crianças, em que se pode notar que o transcendente é substituído pelo transcendental.

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Publicado

2017-11-24

Como Citar

Martins Rodrigues, J., & Peixoto Júnior, C. A. (2017). Para desarticular os estratos dominantes do organismo, da significância e da subjetivação. Psicologia Argumento, 29(66). Recuperado de https://periodicos.pucpr.br/psicologiaargumento/article/view/20251

Edição

Seção

Artigos