O SELF FICCIONAL DA LINGUAGEM

Autores

  • Michel Euclides Bruschi
  • Neuza Maria de Fátima Guareschi

Palavras-chave:

Self, Linguagem, Agenciamento, Dobra, Narrativa.

Resumo

Este artigo tem como objetivo mostrar e problematizar diferentes visões de linguagem e self que criticam aquelas que defendem a linguagem como fala e um self essencialista. Para isso, serão apresentadas duas propostas alternativas para se estudar o tema. A primeira é a concepção de linguagem como agenciamento e as idéias de Nikolas Rose sobre o conceito de dobra. A segunda é a perspectiva da linguagem como narrativa da virada narrativa e o conceito de self transacional de
Jerome Bruner. Tanto Rose quanto Bruner propõem conceitos de self diferentes do essencialismo do Humanismo, da Hermenêutica e da Fenomenologia a partir de visões diferentes de linguagem. Esses
autores procuram diferenciar suas idéias das propriedades subjetivantes da linguagem, evitando que a subjetividade seja considerada apenas uma operação lingüística. Propriedades subjetivantes da linguagem que são usadas por outras teorias para defender um self essencialista constituído no interior da fala, onde o agente humano seria o núcleo dessas atividades de produção de sentido. A importância de outras visões de linguagem e self, como as de Rose e Bruner, está principalmente em mostrar que estas questões da subjetividade não são apenas questões internas da linguagem e que, portanto, a reinvenção de nós mesmos não é só uma questão de semântica e sintática. Por fim, proporemos chamar o self que emerge das propriedades subjetivantes da linguagem de self ficcional, para que seja estudado como um discurso que nos subjetiva e não como um self essencialista.

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Publicado

2017-11-10

Como Citar

Bruschi, M. E., & Guareschi, N. M. de F. (2017). O SELF FICCIONAL DA LINGUAGEM. Psicologia Argumento, 26(53). Recuperado de https://periodicos.pucpr.br/psicologiaargumento/article/view/19785

Edição

Seção

Artigos