QUESTÕES DE GÊNERO: COM A PALAVRA, MEDIADORES E MEDIADORAS

Autores

  • Stella Galbinski Breitman PUC RS
  • Marlene Neves Strey PUC RS

Palavras-chave:

Questões de Gênero, Mediação Familiar, Pensamento Sistêmico

Resumo

O presente artigo propõe-se a apresentar os resultados empíricos de um estudo sobre as questões de gênero, em processos de mediação familiar, envolvendo casais heterossexuais em casos de separação ou divórcio. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório. O método foi a análise de conteúdo. A partir da fragmentação, as unidades de análise foram reagrupadas, gradativamente, em unidades de sentido, que deram origem às categorias, conforme a sua relevância, de acordo com os objetivos propostos. Desse processo, emergiram duas categorias principais: a percepção dos(as) mediadores(as) quanto às questões de gênero, no que diz respeito a estereótipos, papéis e relações de poder; e a atitude profissional dos(as) mediadores(as), em relação às questões de gênero, quanto à imparcialidade, à possibilidade de surgimento de alianças e os seus sentimentos e vivências. Os resultados apontam que os mediadores percebem a existência de vários estereótipos de gênero, relacionados à guarda dos(as) filhos(as), fragilidade, dependência, traição, posição queixosa, sensibilidade, objetividade, natureza, cultura e violência. Observou-se, ainda, que a imparcialidade é um ideal, mas, na prática não é isto que ocorre. No geral, os(as) mediadores(as) demonstram diferenças no modo como tratam o homem ou a mulher, conforme o seu próprio gênero, e, em função disso, verifica-se, eventualmente, o surgimento de alianças. Houve, também, a emergência de dados referentes aos sentimentos e vivências dos(as) mediadores(as), no processo de mediação familiar de casais heterossexuais, em fase de separação ou divórcio.

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Publicado

2017-11-01

Como Citar

Breitman, S. G., & Strey, M. N. (2017). QUESTÕES DE GÊNERO: COM A PALAVRA, MEDIADORES E MEDIADORAS. Psicologia Argumento, 24(46), 17–30. Recuperado de https://periodicos.pucpr.br/psicologiaargumento/article/view/19719

Edição

Seção

Artigos