Laudos e pareceres psicológicos e práticas de poder

Autores

  • Eduardo Ponte Brandão

DOI:

https://doi.org/10.7213/psicol.argum.33.082.AO03

Palavras-chave:

laudo. perícia. genealogia. infância. juventude

Resumo

O trabalho do psicólogo no campo jurídico consolidou-se a partir do advento do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8069/90), inserindo-se nas práticas realizadas por equipes interprofissionais. O
psicólogo é frequentemente demandado a realizar perícias e confeccionar laudos e pareceres. Através do método da genealogia de Foucault, verifica-se que apesar da herança medicalizante da qual a perícia é portadora, essa se mantém como prática mesmo num campo doutrinário de proteção integral dos direitos da criança e do adolescente. Conclui-se que o direito serve de vetor e, ao mesmo tempo, camuflagem para as estratégias de normalização e disciplina, de modo que a demanda por laudos e pareceres servem a diversas linhas de força, entre as quais, o resgate do poder simbólico do juiz que até então poderia ser afrontada pela corrente medicalizante.

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Publicado

2017-11-24

Como Citar

Brandão, E. P. (2017). Laudos e pareceres psicológicos e práticas de poder. Psicologia Argumento, 33(82). https://doi.org/10.7213/psicol.argum.33.082.AO03

Edição

Seção

Artigos