Espiritualidade e religiosidade para estudantes de psicologia: Ambivalências e expressões do vivido
DOI:
https://doi.org/10.7213/revistapistispraxis.08.002.ds07Palabras clave:
Psicologia da Religião, Espiritualidade, Religiosidade, Formação de psicólogo.Resumen
As relações entre Ciência e Religião na cultura ocidental moderna denotam ambivalências, dissociações e conflitos. Embora a produção em Psicologia da Religião no Brasil seja vasta, a formação acadêmica pouco contempla essa discussão; a temática ainda é tratada de modo distanciado, assunto permanentemente evitado no contexto acadêmico e científico. O objetivo deste trabalho foi identificar como o estudante de psicologia vivencia as relações entre os conteúdos estudados no curso, o ambiente acadêmico e a própria religiosidade/espiritualidade. O estudo reuniu procedimentos quantitativos e qualitativos: os dados sociodemográficos foram objeto de análise estatística e os relatos analisados com base numa metodologia empírico-fenomenológica. O instrumento foi um questionário estruturado, aplicado a uma população de graduandos em psicologia. Participaram 60 estudantes, dos quais, 30 pertencem a algum grupo religioso, quatro se declaram ateus, cinco agnósticos e 13 acreditam em Deus. A relação entre Psicologia e Religião foi descrita como difícil e complexa, e por vezes, inconciliável no nível teórico-metodológico. O ambiente acadêmico é percebido como um lugar cientificista e sem abertura para discutir religião. Vivências de conflito são experienciadas em sala de aula, no convívio com professores e colegas e em relação aos conteúdos estudados. Vivências de associação ou dissociação entre as crenças e a psicologia aparecem como formas de lidar com o conflito. O estudo salienta a importância da discussão no que tange à experiência religiosa individual do estudante e a formação de psicólogo.
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