A espiritualidade como fonte sistêmica na Bioética

Autores

  • Waldir Souza PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ - PUCPR

DOI:

https://doi.org/10.7213/revistapistispraxis.7676

Palavras-chave:

Teologia, Bioética, Espiritualidade, Sofrimento, Morte.

Resumo

O conceito de espiritualidade e o de bioética, tomados isoladamente, carregam sentidos densos, complexos e fascinantes. Porém, quando entrelaçados, ganham um colorido provocante e envolvente. Por detrás do afã do conhecer está a busca pela verdade que desempenha um papel fundamental no campo da ciência. Perguntar pelo existir, pelo sofrer e pelo morrer são questões que têm a ver com o sentido e o não sentido da vida, com a liberdade e a escravidão das pessoas, com a justiça e a opressão dos povos, com a guerra e a paz na história e no presente, com a doença, o sofrimento e a saúde das pessoas. São questões que purificam a experiência da fé e torna uma espiritualidade madura. A espiritualidade na bioética pode ser uma fonte sistêmica. Pensar sistemicamente uma questão é pensá-la a partir do conjunto de elementos em interação mútua que configuram a realidade na qual emerge o desafio ético.

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Biografia do Autor

Waldir Souza, PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ - PUCPR

Doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Mestre e Bacharel em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia. Graduado em Filosofia e especialista em Bioética pela Pontificia Universidade Católica do Paraná. Temas de Pesquisa:Bioética e pastoral da saúde, teologia moral e biotecnociencia/biotecnologia.

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Publicado

2013-10-24

Como Citar

Souza, W. (2013). A espiritualidade como fonte sistêmica na Bioética. Revista Pistis & Praxis, 5(1), 91–121. https://doi.org/10.7213/revistapistispraxis.7676

Edição

Seção

Dossiê