Explorando a materialidade do monumento de Dario I em Behistun (Bīsitūn): texto, imagem e performance no Império Aquemênida (c. 550-330 a.C.)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.7213/2175-1838.17.003.DS03

Palavras-chave:

Behistun, Archaeologies of Emotions, Image Theory, Achaemenid Art, Archaeologies of the Senses

Resumo

A iconografia oficial Aquemênida tem sido tradicionalmente interpretada como “arte” contemplativa ou como “propaganda” imperial. No entanto, considerar os relevos monumentais unicamente como expressões canônicas de excelência estética é algo anacrônico. Além disso, o termo “propaganda” pode ser inadequado quando utilizado sem considerar o meio específico em questão (relevos, papiros, estelas, etc.). Para aprofundar nossa compreensão da cultura visual Aquemênida, são necessárias novas abordagens interpretativas. No caso específico do monumento de Behistun, estudos recentes passaram a explorar suas dimensões performativas e sua capacidade de provocar respostas emocionais. Seguindo essa direção, propomos uma reavaliação do conceito Aquemênida de “imagem”, tal como articulado na inscrição de Behistun e em outros documentos Aquemênidas. Nosso objetivo é avaliar como o termo persa antigo patikara- foi conceituado e como a interação entre texto e imagem operava na experiência vivida. Com base na interpretação de Bahrani do termo ṣalmu na tradição assiro-babilônica, argumentamos que o monumento pretendia encarnar a presença perpétua da justiça.

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Biografia do Autor

Matheus Treuk, Universidade de São Paulo

Pós-Doutorando junto ao Departamento de História da Universidade de São Paulo (Processo n 2022/07801-8, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP). Visiting Professor, como pós-doutorando, na Sapienza Università di Roma (2023-2024; Processo n. 2023/01822-6, FAPESP). Doutor em História Social pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP), com menção honrosa concedida pelo programa de História Social da USP (Prêmio História Social 2017-2018). Realizou estágio doutoral na École Française de Rome, em 2017. Bacharel e licenciado em História pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo e bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Atualmente, realiza pós-doutorado em História e Arqueologia do Antigo Oriente Próximo e da Grécia na Universidade de São Paulo. É membro do Laboratório do Antigo Oriente Próximo da USP (http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/700634). Membro do Núcleo de Egiptologia Brasileira. Materialidades no Egito Antigo, da Universidade Federal de Minas Gerais. Vice-diretor do Grupo internacional Mudraya, vinculado ao Achemenet (CNRS). Coordenador do Grupo de Estudos Aquemênidas Parsa. Participou do desenvolvimento do PARSA e do blog Bíblia, Arqueologia e História. Tem experiência na área de História, com ênfase em História Antiga, Arqueologia da Antiguidade, Museologia, Antiguidade Oriental, Antiguidade Clássica, Egito Persa, Pérsia Aquemênida, e Direito, com ênfase em história do direito, direito e patrimônio, direito civil e dados pessoais, direito empresarial e mercado de capitais

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Publicado

2025-12-09

Como Citar

Treuk, M. (2025). Explorando a materialidade do monumento de Dario I em Behistun (Bīsitūn): texto, imagem e performance no Império Aquemênida (c. 550-330 a.C.). Revista Pistis & Praxis, 17(3), 403–425. https://doi.org/10.7213/2175-1838.17.003.DS03

Edição

v. 17 n. 3 (2025): A influência persa/aquemênida na teologia da Yehud

Seção

Dossiê

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