Educação, política e religião na fixação do núcleo jesuíta em Itu: uma análise a partir do Colégio São Luís (1867-1918)
DOI:
https://doi.org/10.7213/2175-1838.11.001.DS08Palavras-chave:
Jesuítas, Educação, Religião, Política, ItuResumo
O presente artigo tem como objetivo analisar o processo de abertura e funcionamento do Colégio jesuíta São Luís de Itu, entre os anos de 1867 e 1918. Retornando ao Brasil no ano de 1856, já no contexto da denominada reforma ultramontana, a Companhia de Jesus reinicia seu projeto de evangelização, empregando a educação como uma de suas principais estratégias. Diferentemente dos séculos XVII e XVIII — quando possuíam o monopólio da educação no Brasil — tais clérigos identificaram novas demandas educacionais e pedagógicas, adaptando sua atuação e concedendo à educação um novo aspecto a fim de legitimá-la, alinhando-a à conjuntura do século XIX. Considerando o caráter político da educação e da religião, a partir do referencial teórico da Nova História Política, o presente artigo analisa a articulação entre os preceitos da Ordem, seu ideal de educação e os rumos da modernidade reivindicada pelas elites ituanas, tendo como foco o Colégio São Luís de Itu. Deste modo, intenciona ampliar o debate sobre o caráter político da educação, bem como sobre suas relações com o campo religioso. De forma geral, busca colaborar para o alargamento dos estudos históricos acerca da religião e dos atores e estratégias envolvidos na reforma da Igreja católica em moldes ultramontanos, no Brasil do século XIX.
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