Masculinidade como instituição: uma análise conceitual do “ser homem” no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.7213/psicolargum.36.92.AO05Palavras-chave:
Masculinidade. Discurso. Gênero. Psicanálise. Instituição.Resumo
O presente trabalho buscou compreender as especificidades da masculinidade brasileira com o fito de delimitar categorias adequadas à apreensão conceitual desse fenômeno pelo campo da psicologia. O objetivo principal, de demarcação das idiossincrasias da masculinidade nacional, acabou dando origem, ao longo da pesquisa, à necessidade de elaboração de uma metodologia capaz de abarcar o estudo das masculinidades na psicologia. Assim, além dos objetivos de compreensão do conceito de masculinidade, suas diferenciações (em especial entre masculinidade hegemônica e periféricas), objetivou-se construir um enfoque teórico que propiciasse legibilidade ao tema dentro da psicologia. Por constituir uma investigação teórica e conceitual, o principal método foi o de análise conceitual através de revisão bibliográfica. Tomou-se por base epistemológica os saberes da psicanálise institucional, as teorizações genealógicas de Michel Foucault, os estudos em gênero da teoria queer, além de outros enfoques pertinentes. O principal resultado foi a elaboração do conceito de masculinidade enquanto instituição, ou seja, enquanto um conjunto de relações sociais que se repetem e, nessa repetição, legitimam-se. A compreensão da masculinidade enquanto conceito passaria, portanto, pela visualização de suas regras constitutivas, seus postulados, seus organizadores, que dariam legibilidade e valor aos demais discursos que circulariam dentro dessa instituição.
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