A EXPERIÊNCIA VIVIDA POR PESSOAS COM TUMOR CEREBRAL E POR SEUS FAMILIARES

Autores

  • Danilo Saretta Verissimo
  • Elizabeth Ranier Martins do Valle

Palavras-chave:

Tumor cerebral, Grupo de sala de espera, Maurice Merleau-Ponty

Resumo

O presente artigo constitui o relato de uma pesquisa cujo objetivo foi investigar a experiência vivida por pessoas com tumor cerebral e por seus familiares. Para tanto, partiu-se da assistência psicossocial oferecida em grupos de sala de espera no Ambulatório de Neurocirurgia Oncológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP. Sete sessões de grupo foram gravadas, transcritas e analisadas. Na investigação, orientou-se por uma perspectiva qualitativa em psicologia fundamentada na fenomenologia, particularmente, na obra de Maurice Merleau-Ponty. Na compreensão dos relatos analisados, duas questões ganharam evidência. Primeiramente, a de que a experiência do adoecimento para os pacientes é marcada pelo sentido de que a vida presente é muito diferente da de outrora. Há como que um choque entre o eu-corpo atual e o eu-corpo passado. Em segundo lugar, é notável a restrição pessoal que marca esta experiência do enfermo. Tal restrição revela-se nas perturbações da motricidade; nos temores e angústias que o assaltam; nas relações estabelecidas em família, marcadas por uma superproteção que cerceia e pela dependência em relação aos cuidados do outro; e nas experiências com o meio social extra-familiar que despertam vergonha e o ímpeto de se isolar. Quanto aos familiares, vivenciam uma intensa carga de preocupações e temores que os levam a uma atitude, por vezes, superprotetora.

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Publicado

2017-11-01

Como Citar

Verissimo, D. S., & Valle, E. R. M. do. (2017). A EXPERIÊNCIA VIVIDA POR PESSOAS COM TUMOR CEREBRAL E POR SEUS FAMILIARES. Psicologia Argumento, 24(45), 45–57. Recuperado de https://periodicos.pucpr.br/psicologiaargumento/article/view/20093

Edição

Seção

Artigos