Fisioterapia ambulatorial nos municípios e macrorregiões de Minas Gerais: estudo ecológico
DOI:
https://doi.org/10.1590/fm.2025.38127%20Resumo
Introdução: A assistência especializada em fisioterapia no formato ambulatorial encontra-se na atenção secundária à saúde, onde é prestado o atendimento com recursos tecnológicos mais específicos e complexos. Apesar do grande percentual de profissionais atuando neste nível de atenção, o acesso aos serviços de fisioterapia é desigual e insuficiente no Brasil. Objetivo: Identificar a porcentagem de municípios com serviço de fisioterapia ambulatorial por macrorregião de Minas Gerais (MG) e avaliar o coeficiente de atendimento para o serviço de fisioterapia conforme o porte populacional dos municípios. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico de dados do Sistema de Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde (SUS) e população do CENSO 2022. Os municípios foram classificados em quatro grupos (pequeno I, pequeno II, médio e grande porte). Para a comparação do coeficiente de atendimento entre os grupos, utilizaram-se os testes Kruskal-Wallis e Mann-Whitney. Para demonstrar os vazios assistenciais e a assimetria dos coeficientes de atendimento, elaborou-se um mapa de georreferenciamento. Resultados: A cobertura do serviço ambulatorial de fisioterapia foi de 58,1%. A Macrorregião Oeste, composta por 53 municípios, ocupou a primeira posição no ranking de cobertura. Os coeficientes de atendimento fisioterapêutico de MG e Brasil foram de 0,19 e 0,24, respectivamente. A mediana dos coeficientes de todos os municípios foi de 0,18 (Q1:0,08-Q3:0,34). Não foram encontradas diferenças significativas dos coeficientes de atendimento na comparação entre os quatro grupos. Doze municípios apresentaram valores positivamente atípicos, sendo identificados como referências assistenciais. Conclusão: A oferta e produção dos serviços de fisioterapia ambulatorial pelo SUS é ausente e heterogênea entre os diferentes municípios e macrorregiões de MG. O tamanho do município não é um indicador relevante para a quantidade proporcional de atendimentos. Existe a necessidade de diretrizes do Ministério da Saúde para a definição de referências assistenciais para os serviços de fisioterapia.
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