Alterações da capacidade funcional após um ano de internação hospitalar por COVID-19

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/fm.2025.38122%20%20%20

Resumo

Introdução: Monitorar as consequências a longo prazo da COVID-19 e seu impacto em diferentes aspectos é essencial. Objetivo: Avaliar a capacidade funcional e os fatores associados em até um ano após a alta hospitalar em sobreviventes da COVID-19. Métodos: Trata-se de um estudo transversal que incluiu indivíduos com 18 anos ou mais, residentes de uma cidade gaúcha de médio porte, com diagnóstico laboratorial de COVID-19, que necessitaram de internação hospitalar. A coleta de dados foi realizada por meio de visitas domiciliares, entrevistas presenciais e testes físicos, que avaliaram um conjunto de características sociodemográficas, clínicas e de saúde. Os desfechos primários foram o estado funcional e a força muscular avaliados pela escala de estado funcional pós-COVID-19 e pelo Medical Research Council Score. As análises foram realizadas por meio de modelos de regressão logística bruta e ajustada. Resultados: Dos 160 indivíduos, a maioria era do sexo feminino (53,1%), de cor branca (71,9%), com média de idade de 64 anos. Limitações funcionais foram identificadas em 67,5% (IC95% 46,2-70,2) da amostra, sendo que 50,9% (IC95%: 41,8-60,0) apresentaram alteração da força muscular e 10% destes (IC95% 5,8-17,0) apresentaram fraqueza muscular. Encontrou-se associação entre maior limitação funcional e diagnóstico de doenças respiratórias (p =0,002). A alteração da força muscular foi associada ao sexo feminino (p = 0,009), diagnóstico de sarcopenia (p =0,036), tabagismo (p = 0,022) e necessidade de intubação orotraqueal (p = 0,009). Conclusão: Observou-se que, em até um ano após a alta hospitalar, os indivíduos apresentaram limitações funcionais significativas, com mais da metade apresentando algum tipo de comprometimento da força muscular e uma parcela apresentando sinais de fraqueza muscular.

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Biografia do Autor

Tainá Samile Pesente, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)

Programa de Pós-Graduação em Ciências Biomédicas, Faculdade de Medicina

Bruno Zilli Peroni, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)

Faculdade de Medicina

Dreissi Cristina Brun Bellé, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)

Programa de Pós-Graduação em Ciências Biomédicas, Faculdade de Medicina

Renata dos Santos Rabello, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)

Programa de Pós-Graduação em Ciências Biomédicas, Faculdade de Medicina

Ivana Loraine Lindemann, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)

Programa de Pós-Graduação em Ciências Biomédicas, Faculdade de Medicina

Gustavo Olszanski Acrani, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)

Programa de Pós-Graduação em Ciências Biomédicas, Faculdade de Medicina

Jossimara Polettini, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)

Programa de Pós-Graduação em Ciências Biomédicas, Faculdade de Medicina

Shana Ginar-Silva, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)

Programa de Pós-Graduação em Ciências Biomédicas, Faculdade de Medicina

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Publicado

2025-08-12

Edição

Seção

Artigo Original