Estresse mental e sintomas osteomusculares em acadêmicos de fisioterapia na pandemia de COVID-19

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DOI:

https://doi.org/10.1590/fm.2025.38126%20

Resumo

Introdução: A migração para o regime remoto devido à pandemia da COVID-19 trouxe modificações na vida dos estudantes, afetando sua saúde física e mental. Não há consenso sobre a relação entre o estresse mental e os sintomas osteomusculares em estudantes de fisioterapia. Objetivo: Correlacionar o estresse mental com os sintomas osteomusculares em acadêmicos de fisioterapia do Brasil durante a pandemia de COVID-19. Métodos: Trata-se de um estudo transversal analítico, realizado em ambiente virtual com 116 graduandos em fisioterapia, de qualquer região do Brasil, em atividades acadêmicas remotas. Aplicou-se questionário de perfil sociodemográfico e acadêmico, Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO) e a Escala de Estresse Percebido (PSS-10). A correlação de Pearson foi aplicada a fim de avaliar a relação entre o número de regiões corporais com sintomas osteomusculares com o estresse percebido. Resultados: A maioria dos estudantes era do sexo feminino (83,6%), com média de idade de 23,17 ± 5,37 anos. Quase todos (94,0%) referiram sintomas osteomusculares em pelo menos uma região do corpo e os locais mais acometidos foram pescoço (69,0%), parte superior das costas (62,1%) e ombros (59,9%). Os acadêmicos apresentaram uma pontuação média de 3,99 ± 2,23 regiões corporais com sintomas osteomusculares no QNSO, e de 24,47 ± 6,79 na PSS-10. Houve fraca correlação positiva entre o número de sintomas osteomusculares e o estresse (r = 0,35; p < 0,001). Conclusão: Houve alta prevalência de sintomas osteomusculares nos estudantes de fisioterapia durante a pandemia de COVID-19 e foi encontrada relação entre o número de sintomas osteomusculares e o estresse mental.

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Publicado

2025-09-05

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