O tempo de permanência em diferentes posições corporais está associado ao desempenho funcional em pacientes críticos: um estudo prospectivo

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DOI:

https://doi.org/10.1590/fm.2025.38106

Resumo

Introdução: Pacientes criticamente enfermos são expostos à imobilidade. Pacientes críticos passam mais tempo em repouso no leito e os efeitos fisiológicos podem impactar a capacidade funcional. Mobilidade e posturas elevada têm sido encorajadas para esses pacientes. Poucos estudos mediram objetivamente quanto tempo os pacientes passam deitados, sentados ou em pé durante a internação na unidade de terapia intensiva (UTI) e se há associação com desfechos funcionais. Objetivo: Avaliar o tempo que os pacientes passam deitados, sentados e em pé durante a internação em UTI e sua associação com o status funcional na alta da UTI. Métodos: Trata-se de um estudo observacional prospectivo que incluiu 161 pacientes maiores de 18 anos, internados em UTI, que apresentaram escore de índice de Barthel = 100 pontos antes da hospitalização. Um acelerômetro foi usado para avaliar a mobilidade dos pacientes durante a internação na UTI. As variáveis usadas na análise foram porcentagem de tempo e quantidade de tempo sentado, em pé e deitado. A funcionalidade dos pacientes foi avaliada usando o índice de Barthel na alta da UTI. Resultados: Os pacientes permaneceram 89% do tempo deitados, 7% sentados e 4% em pé. A idade (OR = 1,08; IC95% 1,04 – 1,13) e o percentual de tempo deitado (OR = 1,1; IC95% 1,04 – 1,17) foram fatores independentes para dependência funcional. O tempo em pé (OR = 0,76; IC95% 0,66 – 0,88) foi associado à manutenção da funcionalidade. Conclusão: Há associação entre tempo em repouso no leito e pior estado funcional na alta da UTI. Por outro lado, o tempo em pé foi fator de proteção para dependência funcional.

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Biografia do Autor

Claudia Neri Peso, Universidade de São Paulo (USP)

Departamento de Fisioterapia, Ciências da Comunicação e Distúrbios e Terapia Ocupacional. Faculdade de Medicina

Carolina Fu, Universidade de São Paulo (USP)

Departamento de Fisioterapia, Ciências da Comunicação e Distúrbios e Terapia Ocupacional. Faculdade de Medicina

Adriana Claudia Lunardi, Universidade de São Paulo (USP)

Departamento de Fisioterapia, Ciências da Comunicação e Distúrbios e Terapia Ocupacional. Faculdade de Medicina

Debora Stripari Schujmann, Universidade de São Paulo (USP)

Departamento de Fisioterapia, Ciências da Comunicação e Distúrbios e Terapia Ocupacional. Faculdade de Medicina

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Publicado

2025-03-24

Edição

Seção

Artigo Original