Efeito agudo da cinesioterapia e da eletroestimulação neuromotora sobre a variação térmica de indivíduos com insuficiência venosa crônica

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DOI:

https://doi.org/10.1590/fm.2024.37129

Resumo

Introdução: A insuficiência venosa crônica (IVC) é uma alteração no sistema venoso por uma inaptidão valvar gerando refluxo que se associa ou não à obstrução do fluxo venoso, podendo ser causada por disfunção na musculatura do tríceps sural. Objetivo: Avaliar o efeito agudo da eletroestimulação neuromuscular e da cinesioterapia sobre a flexibilidade articular do tornozelo, radiação infravermelha e força do tríceps sural de individuos com IVC. Método: Trata-se de um estudo comparativo, no qual a radiação infravermelha foi obtida pela análise quantitativa de termogramas de ambas as panturrilhas utilizando-se câmera termográfica. Para a avaliação da flexibilidade dos tornozelos, utilizou-se o aplicativo “goniometer”. Para a avaliação da força muscular de dorsiflexão e flexão plantar, utilizou-sedo um dinamômetro portátil. Realizou-se uma sessão de eletroestimulação pela corrente Aussie de 1kHz com Burst de duração igual a 2 ms (GE - grupo eletroestimulação) no membro inferior direito e cinesioterapia (GC - grupo cinesioterapia) no membro inferior esquerdo, com alongamentos e exercícios metabólicos envolvendo o tornozelo. Resultados: Foram avaliados 19 pacientes do sexo feminino. A análise da flexibilidade do tornozelo não demonstrou alterações estatisticamente significantes. Na avaliação da força muscular não houve diferença intergrupos e na avaliação intragrupos apenas o GC apresentou aumento para dorsiflexão quando comparado ao momento antes do tratamento e 24h após (11,6 ± 3,5 e 13,5 ± 3,0, respectivamente; p = 0,02 ), e para flexão plantar (11,8 ± 6,3 e 14,4 ± 5,06, respectivamente; p = 0,04). Não verificou-se diferença estatistcamente significante quando avaliada a flexibilidade inter e intragrupos. Em relação à termografia, não houve diferença intragrupo, enquanto na avaliação intergrupo o GC apresentou aumento da temperatura imediatamente e 24 horas após (0,44 ± 0,68, p = 0,01 e 0,25 ± 0,83, p = 0,07, respectivamente). Quando analisada a correlação entre força de dorsiflexão e flexão plantar de ambos os membros inferiores com a amplitude do arco total do tornozelo direito e esquerdo, observou-se correlação positiva apenas entre a força de flexão plantar imediatamente após e 24 horas após com amplitude de movimento e tornozelo no GC (r = 0,49, p = 0,03 e r = 0,51, p = 0,03, respectivamente). Conclusão: Não houve diferenças significantes entre o procedimento de cinesioterapia e eletroterapia quando analisada a flexibilidade e força muscular. A cinesioterapia foi superior à eletroestimulação no incremento de temperatura da panturrilha antes e após 24 horas da intervenção.

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Publicado

2024-09-02

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