Efeito do exercício aquático na função respiratória e capacidade funcional de pacientes com DPOC: um ensaio clínico randomizado
DOI:
https://doi.org/10.1590/fm.2024.37121Resumo
Introdução: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) não apenas restringe o fluxo aéreo, mas também induz manifestações sistêmicas em indivíduos com a doença. Objetivo: Avaliar o efeito de um programa de exercícios aeróbicos aquáticos na força muscular respiratória (FMR), mobilidade torácica, dispneia e capacidade funcional em pacientes com DPOC. Métodos: Realizou-se um ensaio clínico randomizado cego com 22 pacientes com DPOC, dividindo-os em grupo controle (GC) e grupo treinamento (GT). O GT participou de 24 sessões de um programa de exercícios aeróbicos aquáticos, enquanto o GC participou somente das avaliações. Foram medidas a pressão respiratória máxima, (PRM) dispneia e capacidade funcional. Resultados: Ao comparar os valores da PRM (cmH2O) nas condições pré e pós-treinamento, os resultados revelaram melhora significativa no GT [pressão inspiratória máxima (PImáx): 74,8 ± 15,3 vs. 83,9 ± 17,2; pressão expiratória máxima (PEmáx): 141,5 ± 30,7 vs. 157,6 ± 32,9], enquanto não observou-se diferença para o GC (PImáx: 55,5 ± 21,8; vs. 54,4 ± 18,4; PEmáx: 116,2 ± 40,3 vs. 109,3 ± 38,9). Em relação à mobilidade torácica nas condições pré e pós-treinamento, não foi encontrada diferença significativa para o GC, enquanto para o GT houve um aumento significante no nível axilar (cm) (5,9 ± 1,8 vs. 7,7 ± 1,1). Com relação à capacidade funcional, houve aumento significativo da distância percorrida durante o teste de caminhada de 6 minutos apenas no GT quando comparadas as condições pré e pós-treinamento (462,1 ± 62,9 vs. 538,5 ± 63,7). Por fim, os resultados da dispneia demonstraram que após o período de treinamento houve uma redução importante nas pontuações do Medical Research Council (3,1 ± 0,8 vs. 1,9 ± 0,7) e nas escalas Borg CR-10 (5,2 ± 0,8 vs. 3,7 ± 0,3) apenas para o GT. Conclusão: O treinamento físico aquático promoveu alterações benéficas na força muscular respiratória, mobilidade torácica, capacidade funcional e dispneia em pacientes com DPOC.
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Copyright (c) 2024 Bruna Gallo-Silva, Viviane Cerezer-Silva, Danilo Gullo Ferreira, Daniel Iwai Sakabe, Luana Daniele Kel-Souza, Vanessa Cristina Bertholo, Mayara Thaysa Ferreira Brasil, Marlene Aparecida Moreno
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