Postura prona em pacientes intubados com insuficiência respiratória aguda por COVID-19 em uma UTI do estado de São Paulo

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DOI:

https://doi.org/10.1590/fm.2024.37118%20%20%20

Resumo

Introdução: A gravidade da síndrome do desconforto respi-ratório agudo (SDRA) ocasionada pela COVID-19 pode variar e ser influenciada por comorbidades presentes. A postura prona é estratégia de tratamento para pacientes graves, no entanto, não está claro qual é a resposta fisiológica e quais pacientes se beneficiam. Objetivo: Verificar se existe associação da postura prona (PP) com o tempo de internação em unidade de terapia intensiva (UTI), tempo de intubação orotraqueal (IOT) e taxa de óbito em pacientes em ventilação mecânica com SDRA de moderada a grave. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, longitudinal e retrospectivo, realizado em hospital público terciário no município de São Paulo. Foram coletados dados dos prontuários de todos os pacientes com diagnóstico de COVID-19, com PCR positivo, internados na UTI e intubados, no período de abril de 2020 a julho de 2021. Os testes qui-quadrado de Pearson e exato de Fischer foram utilizados para comparar dados da amostra, e as distribuições nos dois grupos foram comparadas por meio do teste de Mann-
Whitney. Resultados: Não houve diferença estatisticamente significante para o tempo de internação na UTI, tempo de IOT e taxa de óbito entre os pacientes que foram pronados versus os não pronados [13 (4,0 – 23,0) vs. 13 (7,2 – 17,0), p = 0,453; 12 (3,0 – 13,0) vs. 10 (6,0 - 15,5), p = 0,772; 71% vs. 68%, p = 0,817, respectivamente]. Conclusão: Este estudo não demonstrou associação da PP com os dias de IOT, dias de internação na UTI e mortalidade em pacientes com hipoxemia grave.

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Publicado

2024-05-24

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Artigo Original