Órtese tornozelo-pé em pacientes com distrofia muscular de Duchenne: um estudo retrospectivo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/fm.2024.37110

Resumo

Introdução: A distrofia muscular de Duchenne (DMD) é uma doença genética recessiva ligada ao cromossomo X, que cursa com perda progressiva do tecido muscular. Inicialmente, observa-se dificuldade para levantar do chão e aumento da frequência de quedas. A manutenção da deambulação pelo maior tempo possível é importante e o uso de órtese tornozelo-pé (OTP) tem sido investigada como aliada nesse processo. Objetivo: Verificar a prescrição e uso de OTP para meninos deambulantes com DMD. Métodos: As informações foram coletadas dos prontuários de 181 pacientes com DMD do Serviço de Neuropediatria do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. As variáveis utilizadas foram: idade na primeira consulta, idade aos primeiros sintomas, idade na perda da marcha independente, tempo entre os primeiros sintomas e a perda da marcha, prescrição de órtese, tempo de uso e intervenção cirúrgica nos membros inferiores. Resultados: A órtese foi prescrita para 63,5% dos pacientes e utilizada por 38,1%. A variação do tempo de uso da órtese foi de 2 a 4 anos (62,3%). O período noturno foi o mais prescrito para uso da órtese, com 67,2%. Os pacientes que usaram órtese por mais tempo apresentaram maiores idades na perda da marcha. Crianças que chegaram mais precocemente à primeira consulta tiveram maior frequência de prescrição de órtese e perda da marcha mais tardiamente. Conclusão: O uso de OTP pode ajudar a manter a deambulação por mais tempo em meninos com DMD.

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Biografia do Autor

Marcos Ferreira Rebel, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Doutoranda do Programa de Clínica Médica da Faculdade de Medicina; Professor Assistente da Faculdade de Fisioterapia.

Jocelene de Fátima Landgraf, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Professora Associada da Faculdade de Fisioterapia.

Flavio Roberto Sztajnbok, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Professor Associado da Faculdade de Medicina.

Alexandra Prufer de Queiroz Campos Araújo, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Professora Associada da Faculdade de Medicina.

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Publicado

2024-02-26

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Artigo Original

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