O efeito da terapia por contensão induzida avaliada por meio de acelerômetros: o impacto na atividade diurna e no sono em crianças com paralisia cerebral

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/fm.2024.37104

Resumo

Introdução: A paralisia cerebral (PC) hemiparética espástica é o tipo de PC mais prevalente. Crianças com hemiparesia espástica apresentam dificuldades ao usar as extremidades superiores afetadas e um tratamento eficaz é a Terapia por Contensão Induzida (TCI). O estudo dos padrões de atividade-repouso fornece informações sobre as atividades diárias de crianças com PC hemiparética espástica durante o dia e o sono. Objetivo: Investigar o efeito da TCI nos padrões de repouso-atividade em crianças com PC hemiparética espástica versus um grupo saudável. Métodos: Realizou-se um ensaio controlado não randomizado no Centro de Neuropediatria do Complexo do Hospital de Clínicas, em Curitiba, Brasil. Crianças com PC hemiparética espástica entre 5 e 16 anos participaram do grupo de estudo e receberam a TCI. O grupo saudável foi composto por crianças entre 5 e 15 anos. Ambos os grupos utilizaram um acelerômetro para registrar padrões de atividade-repouso, os quais podem ser estudados através de variáveis não paramétricas do acelerômetro: M10 (10h mais ativas de um indivíduo); L5 (5h menos ativas de um indivíduo); e AR (amplitude relativa dos padrões de atividade-repouso). Resultados: Foram recrutadas 45 crianças e 38 foram incluídas nas análises (19 alocadas em cada grupo). No grupo de estudo, houve aumento significativo de M10 e L5 (p < 0,001) após TCI. Os valores de M10 e L5 foram significativamente maiores (p < 0,001) no grupo saudável em comparação ao grupo de estudo após TCI. Conclusão: Os resultados do presente estudo mostraram que crianças com PC hemiparética espástica tornaram-se mais ativas e participantes de sua vida diária durante o dia, bem como dormiram mais eficientemente.

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Biografia do Autor

Marcela Fischer de Almeida, Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Centro Neuropediátrico do Complexo Hospital de Clínicas

Andrea Obrecht, Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Centro Neuropediátrico do Complexo Hospital de Clínicas

Marise Bueno Zonta, Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Centro Neuropediátrico do Complexo Hospital de Clínicas

Ana Chrystina Crippa, Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Centro Neuropediátrico do Complexo Hospital de Clínicas

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Publicado

2024-01-22

Edição

Seção

Artigo Original