Aptidão física de acordo com o nível de atividade física em pessoas idosas: uma análise transversal
DOI:
https://doi.org/10.1590/fm.2023.36134Resumo
Introdução: O envelhecimento é marcado por alterações fisiológicas e diminuição do tempo em atividade física (AF). Tais aspectos podem repercutir no declínio da funcionalidade e propiciar maior probabilidade para eventos adversos. Objetivo: Comparar o desempenho em testes de aptidão física de pessoa idosas suficiente e insuficientemente ativas. Métodos: Estudo epidemiológico populacional, transversal, realizado com 209 pessoas idosas (58,40% mulheres) de Aiquara/BA. As informa-ções sociodemográficas foram obtidas a partir de entrevistas. A aptidão física foi mensurada por meio dos seguintes testes: força de preensão manual; levantar e sentar da cadeira; flexão do antebraço; levantar, caminhar 2,44 m e sentar; sentar e alcançar o pé; e marcha estaci-onária. O nível de atividade física foi averiguado pelo International Physical Activity Questionnaire (< 150 min/sem em AF = insuficientemente ativo). As compara-ções foram feitas por meio dos testes t de Student ou U de Mann-Whitney, conforme a distribuição de normalidade averiguada pelo teste de Kolmogorov-Smirnov (p ≤ 0,05). Resultados: A prevalência do nível de AF insuficiente foi de 51,70% (homens: 66,66%; mulheres: 40,98%). Verificou-se, em ambos os sexos,
que os insuficientemente ativos demonstraram menor desempenho na força de preensão manual; sentar e levantar da cadeira; flexão do antebraço; levantar, caminhar e sentar; e marcha estacionária (p < 0,05). Além do mais, os homens insuficientemente ativos apresentaram menor desempenho no teste sentar e alcançar o pé em relação aos suficientemente ativos (p < 0,05). Conclusão: Identificou-se que os idosos insuficientemente ativos, de ambos os sexos, apresentaram menor força/resistência muscular, equilíbrio dinâmico/agilidade e resistência cardiorrespiratória. Ademais, os homens insuficientemente ativos demonstraram menor flexibilidade do que os suficientemente ativos.