Análise da dependência do uso de smartphone em comparação à dor, sono, ansiedade e depressão em universitários
DOI:
https://doi.org/10.1590/fm.2023.36110Resumo
Introdução: O uso de smartphones se tornou um fenômeno social mundialmente popular de comunicação. Seu uso ex-cessivo pode comprometer as rotinas e hábitos diários, que estão associados aos distúrbios do sono, estresse, ansiedade, algias; logo, destaca-se o universitário, que apresenta um estilo de vida em que é preciso conciliar as atividades diárias com as curriculares, agravando fatores psicossociais. Objetivo: Investigar se a dependência do uso de smartphone influencia a qualidade de sono e os níveis de ansiedade, depressão e dor em universitários. Métodos: Trata-se de um estudo transversal analítico. Para a coleta dos dados foram utilizados os questionários autoaplicáveis Inventário de Dependências do Smartphone (SPAI-BR), Escala de Pittsburgh (PSQI), Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS), sendo este subdividido em HADS-A (ansiedade) e HADS-D (depressão), e Escala Numérica da Dor (END). A amostra foi composta por 301 universitários da Universidade Estadual do Norte do Paraná, dos cursos de fisioterapia e educação física. Os estudantes foram divididos de acordo com o escore obtido no SPAI-BR entre grupo regular (até 6 pontos) e pré-disposto à dependência do uso de smartphone (7 ou mais pontos). Resultados: As comparações foram estatisticamente significativas a favor do grupo regular; sendo assim, o grupo pré-disposto obteve uma pontuação pior nos questionários utilizados, sendo a média END de 2,37 pontos, a média HADS-D de 9,05 e a média HADS-A de 6,01. Os valores de intensidade de dor entre os grupos foram de p = 0,018; HADS-A: p = 0,001; HADS-D: p = 0,001; PSQI: p = 0,001. Conclusão: Os universitários classificados como pré-dispostos apresentaram uma maior propensão à dependência do smartphone, além de maior chance de terem ansiedade com uma pior qualidade de sono e maior intensidade de dor.