Prevalência e impacto de sintomas urinários na qualidade de vida durante o último mês e gestação: um estudo transversal retrospectivo

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DOI:

https://doi.org/10.1590/fm.2022.35143

Resumo

Introdução: As adaptações do organismo materno podem afetar negativamente o trato urinário inferior, levando a sintomas urinários e impacto na qualidade de vida (QV). Objetivo: Determinar a prevalência de sintomas urinários e o impacto da incontinência urinária (IU) na QV durante o último mês de gestação. Métodos: Estudo transversal retrospectivo, envolvendo 96 mulheres no puerpério imediato entrevistadas pessoalmente sobre sintomas urinários e QV durante as últimas quatro semanas de gestação. A amostra foi dividida em dois grupos, de acordo com o número de gestações: G1 = 1 gestação (n = 41) e G2 = ≥ 2 gestações (n = 55). Aquelas que relataram a presença de IU de esforço e/ou urge-incontinência responderam o Incontinence Questionnaire- Urinary Incontinence Short Form (ICIQ-SF). Resultados: Os sintomas mais comuns foram noctúria (90,6%), urgência (82,3%), frequência urinária (71,9%), sensação de esvaziamento incompleto (62,5%) e IU de esforço e/ou urge-incontinência (53,1%), sem diferença entre os grupos. Apenas a queixa de IU de esforço ao tossir foi significativamente maior no G2 (p = 0,04). Não houve diferença na QV entre os grupos baseado nos escores do ICIQ-SF, porém o G1 relatou impacto grave e G2 impacto muito grave. Conclusão: A maioria referiu algum sintoma urinário, sendo mais prevalentes: noctúria, urgência, frequência urinária, sensação de esvaziamento incompleto e IU de esforço e/ou urge-incontinência. Entre aquelas com mais de duas gestações, a IU de esforço foi significativamente maior durante a tosse. Independente do número de gestações, a presença de algum sintoma de IU provocou impacto negativo na QV.

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Publicado

2022-09-23

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