Relação entre o estresse e a fadiga em estudantes universitários com cefaleia

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https://doi.org/10.1590/fm.2022.35139

Resumo

Introdução: Considerada um dos distúrbios neurovasculares mais comuns entre estudantes universitários, a cefaleia gera impacto na qualidade de vida. Além disso, o estresse e a fadiga podem desencadear e/ou intensificar as dores de cabeça. Objetivo: Investigar a relação entre fadiga e estresse em estudantes universitários com cefaleia. Métodos: Participaram 147 discentes, na faixa etária de 18 a 44 anos, independente do sexo, regularmente matriculados na Universidade de Fortaleza. Os dados foram coletados por meio de questionário elaborado pelos pesquisadores e por instrumentos validados para o diagnóstico de cefaleia, sendo o impacto mensurado pelo HIT-6 (Headache Impact Test), a avaliação da fadiga por meio da Escala de gravidade da fadiga (EGF) e a qualidade de vida através do SF-36. Os dados foram analisados pelo programa SPSS 20.0, utilizando-se o teste de qui-quadrado para analisar a associação entre as variáveis. Adotou-se nível de significância de 5%. Resultados: A queixa de dor de cabeça esteve presente em 70,7% da amostra
(n = 104), sendo mais predominante a cefaleia secundária (63,5%, n = 66), no sexo feminino (79,8%, n = 83), com média de idade de 21,7 ± 4,0 anos. A intensidade moderada da dor de cabeça foi relatada por 60,6% (n = 63), destacando-se o impacto desta dor como muito grave em 68,3% (n = 71) dos participantes. Constatou-se que os estudantes com cefaleia apresentaram mais sintomas de estresse (30,5 ± 7,6; p < 0,004) e fadiga (4,0 ± 1,4; p < 0,040). Conclusão: Encontrou-se um número expressivo de casos de cefaleia, principalmente no sexo feminino, relacionados a sintomas de estresse e fadiga, gerando impacto na qualidade de vida desses universitários.

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Publicado

2022-08-15

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