Fisioterapeuta em movimento: para onde os bebês de risco são encaminhados para acompanhamento após a alta hospitalar

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DOI:

https://doi.org/10.1590/fm.2022.35134

Resumo

Introdução: Dois fatos podem influenciar o desenvolvimento do recém-nascido. Um é ser um recém-nascido de risco e o outro é ser internado em Unidade de Terapia Intensiva. Objetivo: Examinar para onde os bebês de risco estão sendo encaminhados para acompanhamento longitudinal após a alta hospitalar e realizar uma análise do perfil epidemiológico e assistencial desses bebês. Métodos: Estudo documental, descritivo e retrospectivo, composto pelos prontuários de 479 recém-nascidos (RNs) internados no Hospital Materno Infantil Presidente Vargas no período de janeiro de 2019 a maio de 2020. As variáveis estudadas foram: sexo, raça/cor do bebê, tipo de parto, consultas de pré-natal, classificação de acordo com a idade gestacional idade, peso, Apgar do 1º, 5º, 10º minuto, diagnóstico de internação, diagnóstico principal, desfechos, tempo de internação, acompanhamento multidisciplinar durante a internação, encaminhamentos pós-alta (especializados e não especializados). Os dados socioambientais foram: idade materna e raça/cor, escolaridade materna e paterna. Resultados: Maior prevalência de bebês a termo do sexo masculino, nascidos de parto cesáreo, declarados como brancos, com escores de Apgar elevados, com diagnósticos variados, prevalecendo a pre-maturidade. A média materna foi de 26,2 anos (DP ± 7,3), a raça/cor mais relatada foi branca, a média de estudos das mães foi de 8,1 anos (DP ± 2,4). Apenas 14% (n = 67) realizaram fisioterapia motora no hospital e 2,1% (n = 10) foram encaminhados para avaliação e intervenção precoce para fisioterapia pós-alta. O serviço especializado de maior referência foi o ambulatório de egressos de neuropediatria do hospital (17,3%, n = 83) e, para os não especializados, foi a Unidade Básica de Saúde/UBS (39,7%, n = 190). Conclusão: A maioria dos RNs são encaminhados para equipe médica específica ou UBS pós-alta. O fisioterapeuta foi o profissional pouco lembrado pelo acompanhamento desse público no hospital e após a alta.

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Publicado

2022-08-03

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Artigo Original