Efeitos do treinamento resistido em idosas com declínio cognitivo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/fm.2022.35121

Resumo

Introdução: Com o envelhecimento, é comum ocorrerem alterações em diferentes áreas da cognição, como a memória, função executiva, linguagem, desenvolvimento psicomotor e função visoespacial. A atividade física regular, contudo, tem sido descrita como um excelente meio de atenuar as degenerações provocadas pelo envelhecimento dentro dos domínios físico, psicológico e social. Objetivo: Avaliar os efeitos do treinamento resistido em idosas com comprometimento cognitivo leve. Métodos: Estudo experimental com 31 idosas, sedentárias, divididas em grupo controle (GC; n = 15) e grupo treinamento resistido (GTR; n = 16), submetidas a avaliações antropométricas, composição corporal, força máxima, frequência cardíaca (FC), pressão arterial (PA) e aplicação de questionário (Mini Exame do Estado Mental). Resultados: Observou-se aumento da capacidade cognitiva no GTR (pós 26,00 ± 2,13 vs. GC 22,24 ± 3,82 vs. pré 24,06 ± 2,38 GTR) e redução na PA sistólica (pós 107,50 ± 11,97 vs. GC 126,00 ± 9,72 vs. pré 124,13 ± 12,55 mmHg GTR), PA diastólica (pós 68,50 ± 8,15 vs. GC 81,73 ± 4,59 vs. pré 74,69 ± 6,87 mmHg GTR) e duplo produto no GTR (pós 7746 ± 1244 vs. GC 9336 ± 1595 vs. pré 9286 ± 1309 mmHg x bpm GTR). Não houve redução na FC no GTR (pós 72,00 ± 7,40 vs. GC 74,00 ± 10,50 vs. pré 74,94 ± 8,42 bpm GTR). Em relação à força muscular foi possível observar aumento em todos os exercícios. Conclusão: O presente estudo mostrou que o treinamento resistido aumentou a força muscular e que houve redução de variáveis hemodinâmicas. Entretanto o achado mais importante desse estudo foi o aumento na capacidade cognitiva das idosas.

Palavras-chave: Envelhecimento. Cognição. Comprometimento cognitivo leve. Treinamento resistido. Idosos.

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Biografia do Autor

Beatriz de Sousa Ferreira, Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

Departamento de Educação Física; Programa de Pós-Graduação Mestrado em Educação Física; Laboratório de Adaptações Cardiovasculares ao Exercício (LACORE-UFMA).

Rafael Durans Pereira, Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

Departamento de Educação Física; Programa de Pós-Graduação Mestrado em Educação Física; Laboratório de Adaptações Cardiovasculares ao Exercício (LACORE-UFMA). 

Daiane Pereira da Silva, Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

Departamento de Educação Física; Programa de Pós-Graduação Mestrado em Educação Física. 

Andressa Coelho Ferreira, Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

Programa de Pós-Graduação em Saúde do Adulto; Laboratório de Adaptações Cardiovasculares ao Exercício.

Cristiano Mostarda, Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

Departamento de Educação Física; Programa de Pós-Graduação Mestrado em Educação Física; Programa de Pós-Graduação em Saúde do Adulto; Laboratório de Adaptações Cardiovasculares ao Exercício (LACORE-UFMA); Programa de Doutorado em Biotecnologia – Rede Nordeste de Biotecnologia (RENORBIO).

Janaina de Oliveira Brito-Monzani, Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

Departamento de Educação Física; Programa de Pós-Graduação Mestrado em Educação Física; Programa de Pós-Graduação em Saúde do Adulto; Laboratório de Adaptações Cardiovasculares ao Exercício (LACORE-UFMA).

Publicado

2022-03-30

Edição

Seção

Artigo Original