Impacto das instruções verbais na contração do assoalho pélvico no puerpério imediato

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/fm.2022.356010

Resumo

Introdução: A gestação predispõe o surgimento de disfun-ções do assoalho pélvico (DAP), sendo o pós-parto momento oportuno para avaliar essa musculatura. Objetivo: Investigar o efeito das instruções e feedback verbais na capacidade de contração dos músculos do assoalho pélvico (MAP) em puérperas. Métodos: Estudo quase-experimental com 109 mulheres no pós-parto vaginal imediato em uma maternidade de referência em Fortaleza, Ceará. Realizou-se inspeção visual dos MAP pela escala visual de contração (0 = nenhuma contração visível; 1 = contração visível fraca; 2 = contração visível com elevação perineal), além de observação da utilização de musculatura e movimentos acessórios. As avaliações foram em momentos consecutivos: 1 - contração dos MAP ao comando verbal; 2 - contração após instruções sobre estrutura, função e correta contração; e 3 - contração após feedback sobre a utilização de musculatura acessória e reforço da correta contração. Para comparação dos desfechos entre os momentos foi utilizado o teste Q de Cochran e significância de 5%. Resultados: No primeiro momento, 15,6% das puérperas não apresentaram contração visível dos MAP (grau 0). Dessas, 70,5% modificaram o grau de contração após instruções e feedback. Ao final, 45,9% das mulheres contraíram corretamente os MAP com elevação perineal (grau 2) (p < 000,1). A utilização de músculos acessórios (adutores, abdominais e glúteos) diminuiu após instruções e feedback (p < 000,1). Trauma perineal, parto a fórceps, informações prévias e medo de sentir dor não se associaram ao grau de contração.Conclusão: Instruções e feedback verbais são ferramentas úteis para contração correta dos MAP no pós-parto imediato.

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Biografia do Autor

Andressa Soares de Azevedo, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Programa de Mestrado Profissional em Saúde da Mulher e da Criança - Departamento de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente.

Isabella Parente Ribeiro Frota, Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC), Universidade Federal do Ceará (UFC)

Unidade de Reabilitação, Serviço de Fisioterapia Pélvica

Amene Cidrão Lima, Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC), Universidade Federal do Ceará (UFC)

Unidade de Reabilitação, Serviço de Fisioterapia Pélvica

Glaucia Nunes Diniz de Oliveira, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Projeto de Extensão Fisioterapia na Saúde da Mulher do Departamento de Fisioterapia

Mayle Andrade Moreira, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Projeto de Extensão Fisioterapia na Saúde da Mulher do Departamento de Fisioterapia. Docente do Departamento de Fisioterapia.

Simony Lira do Nascimento, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Projeto de Extensão Fisioterapia na Saúde da Mulher do Departamento de Fisioterapia. Docente do Departamento de Fisioterapia.

Publicado

2022-09-16