O estado de saúde pode prever a espessura muscular diafragmática na DPOC: estudo-piloto

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/fm.2021.34124

Palavras-chave:

Doença pulmonar obstrutiva crônica. Diafragma. Dispneia. Avaliação em Saúde. Ultrassonografia.

Resumo

Introdução: Dentre as implicações sistêmicas da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), há modificações no diafragma e impacto no estado de saúde; entretanto, são escassos os estudos sobre a possível relação entre essas variáveis e sobre a possibilidade de o estado de saúde prever a espessura muscular diafragmática (EMD). Objetivo: Investigar se há relação entre a EMD com o índice prognóstico de mortalidade Body mass-index, airway Obstruction, Dyspnea and Exercise Capacity (BODE), dispneia e estado de saúde, e investigar se o estado de saúde pode prever a EMD em pacientes com DPOC ingressantes em um programa de reabilitação pulmonar. Métodos: Estudo piloto com delineamento transversal. A EMD foi avaliada através de ultrassonografia; o estado de saúde, através do COPD Assessment Test (CAT); a sensação de dispneia, pela escala modified Medical Research Council; e a mortalidade, por meio do índice BODE. Resultados: A amostra foi composta por 13 pacientes (68,69 ± 9,3 anos) classificados como portadores de DPOC moderada a grave. Houve uma correlação inversa e forte entre a EMD e o estado de saúde (r = -0,735; p = 0,004). A análise de regressão simples demonstrou que o estado de saúde influenciou a EMD (β = -0,002; IC 95% -0,004 a -0,001; p = 0,004), explicando 49% da variância. Entretanto não foram observadas correlações entre EMD e dispneia r = 0,005; p = 0,985) ou com o índice BODE (r = -0,219; p = 0,472). Conclusão: Esse estudo piloto demonstrou uma forte correlação inversa entre estado de saúde e EMD. Ademais, o estado de saúde foi capaz de prever a EMD em pacientes com DPOC.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Edição

Seção

Artigo Original

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)