Impactos da COVID-19 nos atendimentos fisioterapêuticos a mulheres com câncer de mama
DOI:
https://doi.org/10.1590/fm.2022.35605Palavras-chave:
Neoplasias de mama. Fisioterapia. COVID-19. Reabilitação. Pandemia.Resumo
Introdução: A COVID-19 trata-se de uma situação de emergência de saúde pública de importância internacional, cujo espectro clínico é diverso. Levando em consideração as medidas de prevenção ao coronavírus e as recomendações das autoridades de saúde, surge a preocupação de como estão os atendimentos fisioterapêuticos a mulheres com câncer de mama, já que sua descontinuidade pode favorecer o aparecimento de complicações, prejuízos na funcionalidade, na qualidade de vida e na realização de tratamentos complementares. Objetivo: Avaliar os impactos da pandemia de COVID-19 na continuidade dos atendimentos fisioterapêuticos a mulheres com câncer de mama. Métodos: Trata-se de uma pesquisa transversal. Os dados foram coletados por meio de questionário on-line e a população foi composta por fisioterapeutas que atuam em território brasileiro. Resultados: De um total de 40 participantes, 20% relataram não ter sofrido alteração na rotina de trabalho, 48% tiveram a carga horária reduzida, 12% sofreram aumento de carga horária, enquanto 25% foram realocadas de setor para prestar assistência aos acometidos pela COVID-19. Vinte por cento dos atendimentos foram suspensos, sendo os locais com maior continuidade na assistência os de internação hospitalar (40%) e ambulatórios (42%). Quanto ao número de mulheres atendidas antes da pandemia em comparação ao número durante o período de restrição, houve uma queda de 72%. Conclusão: Verificou-se suspensão da maior parte dos atendimentos, no entanto, em sua maioria, a continuidade da assistência foi garantida através de teleatendimento. Não obstante, os entrevistados relataram piora clínica no quadro das mulheres após o período de suspensão do tratamento.