Efeito da eletroestimulação no músculo desnervado de animais: revisão sistemática

Autores

  • Emanuela Virginia Vale Cavalcante
  • Lívia Gabriely Melo da Silva
  • Eduardo José Nepomuceno Montenegro
  • Nicodemos Tele de Pontes Filho

DOI:

https://doi.org/10.1590/10.1590/S0103-51502012000300022

Resumo

INTRODUÇÃO: A recuperação funcional após a lesão nervosa periférica está relacionada a fatores intrínsecos e extrínsecos ao sistema nervoso periférico, tais como a gravidade da lesão e a condição dos órgãos-alvo. A atrofia constitui uma das principais alterações do músculo após a lesão nervosa e, uma vez instalada, atua como barreira ao crescimento axonal durante a reinervação muscular. O uso da eletroestimulação é rotineiro no campo da fisioterapia e tem o objetivo de minimizar ou impedir a atrofia muscular e, assim, favorecer a recuperação da lesão nervosa periférica. OBJETIVO: Avaliar os efeitos da eletroestimulação sobre as características tróficas do músculo desnervado. MÉTODOS: Artigos publicados entre 1990 e 2010 e indexados aos bancos de dados da PUBMED foram selecionados utilizando os seguintes descritores: "muscle denervation AND electric stimulation" e "muscular atrophy AND electric stimulation". Foram considerados como critério de inclusão os estudos experimentais em animais (ratos) que utilizassem a lesão nervosa periférica como modelo de desnervação e que avaliassem o efeito da eletroestimulação muscular sobre a área de secção transversa e/ou a massa muscular de músculos desnervados. RESULTADOS: Nove artigos foram selecionados para a revisão. CONCLUSÕES: O efeito da eletroestimulação está diretamente relacionado à característica do protocolo de intervenção, que, quando aplicado de maneira adequada, apresenta o efeito de retardar e, em alguns casos, impedir a atrofia do músculo desnervado.

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