Preferência por lado mastigatório e amplitude de movimento cervical em laringectomizados totais

Autores

  • Thais Myrian Aragão Mélo
  • Celina Cordeiro de Carvalho
  • Gerlane Karla Bezerra Oliveira Nascimento
  • Klyvia Juliana Rocha de Moraes
  • Hilton Justino da Silva

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-51502013000300010

Resumo

Introdução: A laringectomia total leva a aderências, dor, encurtamentos musculares e deficit na mobilidade de pescoço. Interfere em funções do sistema estomatognático; exemplo importante é a mastigação. Objetivo: Certificar-se da existência de uma possível predominância por lado mastigatório em laringectomizados totais e de sua relação com a diminuição das amplitudes dos movimentos de cabeça e pescoço. Materiais e métodos: A população de estudo foi constituída de 18 voluntários adultos, divididos em dois grupos: grupo dos laringectomizados totais e grupo controle. Todos os voluntários foram submetidos a uma avaliação goniométrica da amplitude de movimento de cabeça para flexão, extensão, inclinação e rotação, e uma mastigatória para identificar a existência de preferência por um lado mastigatório. Resultados: Houve preferência por lado mastigatório com predomínio à esquerda em laringectomizados totais. Na avaliação goniométrica, o movimento de extensão ativa e passiva foi o único com amplitude de movimento reduzida de forma significativa em laringectomizados totais quando comparados ao grupo controle. Relacionando o lado de preferência mastigatória com os achados goniométricos, quando ocorreu à direita, o movimento com amplitude limitada significativamente foi somente o de extensão ativa e passiva. Já quando a preferência ocorreu à esquerda, houve redução do ângulo de extensão passiva e da inclinação para a direita, tanto ativa quanto passiva. Conclusão: Os laringectomizados totais, apresentaram preferência por lado mastigatório à esquerda, acompanhada de redução significativa da amplitude de movimento somente da extensão passiva e da inclinação para a direita, tanto ativa quanto passiva.

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Publicado

2017-09-15

Edição

Seção

Artigo Original